Joss Stone: à vontade a ponto de tirar os sapatos - Ronaldo Franco

Moleca com vozeirão

Joss Stone ficou tímida, se emocionou e confirmou seu vozeirão em SP nesta segunda

Por Artur Tavares Publicado em 17/06/2008, às 11h17 - Atualizado às 14h34

O atraso de cinqüenta minutos que antecedeu o show de Joss Stone em SP nesta segunda, 16, não foi vaiado. O público que lotou o Via Funchal tentou se aconchegar como pôde enquanto esperava para ver a dona de uma das vozes mais admiradas da atualidade fazer sua primeira apresentação em solo paulistano.

A banda foi a primeira a aparecer, soltando a introdução que traria Joss ao palco. Ao invés do longo vestido azul usado no Rio, na sexta, 13, a cantora de 21 anos exibiu um tubinho prateado acima do joelho e sorriu feito uma garotinha diante do público, que a ovacionou.

Joss abriu a apresentação com "Girls They Won't Believe It", e logo revelou uma voz versátil, suave e potente. No que pareceu um aquecimento, embalou mais duas canções de seu novo álbum, Introducing Joss Stone (2007): "Headturner" e "Tell Me What We Gonna Do Now".

Cada vez mais aplaudida, a britânica não escondeu a emoção pela recepção do público e também pelos presentes que recebeu de quem estava na grade. Foram flores, colares e pulseiras (ela até vestiu algumas). Deixou a entrada de "Super Duper Love" passar enquanto tentava se concentrar, e se escondeu de vergonha atrás do lenço que a acompanha em todos os seus shows.

O jeito moleca da cantora ganhou a platéia, que incentivava Joss a se soltar. Ela chegou ao ápice de sua voz duas músicas depois, com "The Chokin Kind", em que deixou claro por que é considerada uma diva moderna do soul, ao cantar com paixão e força suficientes para dominar uma big band.

A banda de Joss Stone merece ser lembrada. Ótimos metais, uma cozinha de baixo e bateria sintonizada, um guitarrista tirando o melhor do blues em uma bela Les Paul, além dos sintetizadores e teclados, que davam o toque final para o arranjo das canções.

Antes de tocar "Music", originalmente gravada em parceria com Lauryn Hill, Joss conversou com a platéia sobre a importância da música na vida das pessoas, do amor e união que ela traz. Lamentou-se por não falar português enquanto tomava uma xícara de chá.

Logo em seguida, cantou "Fell in Love With a Boy", "Baby Baby Baby", "Don't cha Wanna Ride" e "Less is More", enquanto incorporava cada vez mais o lado menininha tímida. Na platéia, os comentários eram variações da frase "como ela é doce".

Depois de "You Had Me", Joss Stone encerrou o show com "Tell Me About It", alcançando tons muito altos. Voltou para o bis com "Victim of a Foolish Heart". Muito emocionada, não conseguia completar "Right to Be Wrong". Na segunda tentativa, depois de se concentrar, completou o hit.

A cantora então voltou ao backstage e retornou ao palco com um buquê de flores, que foi dividido com a platéia enquanto ela cantava "No Woman No Cry", de Bob Marley. Levantou a mão com um sinal de "paz e amor" e se despediu.

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