Mito do rock encerrou o primeiro dia do festival, que aconteceu neste sábado, 25, em São Paulo
Lucas Borges Publicado em 26/04/2015, às 01h01 - Atualizado às 01h01
Estar longe do palco de um espetáculo musical tem suas desvantagens, mas também pode proporcionar momentos únicos. No fim deste sábado, 25, quando começou o show da última atração do primeiro dia do Monsters of Rock 2015, em São Paulo, Ozzy Osbourne era só um pontinho em cima do palco.
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Mas quando um fã ao lado ajoelha no piso molhado, sujo de comida e copos de cerveja, levantando os dedos para o céu enquanto escuta “Mr.Crowley” (clássico de Blizzard of Ozz, primeiro disco solo do vocalista, de 1980), a grandeza de um ícone do rock fica mais do que nítida.
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O líder do Black Sabbath fez isso com o público brasileiro no primeiro show dele desde agosto de 2014, na Coreia do Sul: colocou todos aos seus pés. O repertório da apresentação foi praticamente o mesmo das anteriores, assim como a disposição do astro, a despeito de uma cirurgia a ser realizada no mês que vem e que o fez cancelar compromissos no México (não se sabe o motivo da operação).
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Ozzy se divertiu como uma criança, pulando, batendo palmas e atirando espuma com uma mangueira no público e nos fotógrafos (um profissional a serviço da Rolling Stone Brasil voltou para casa encharcado).
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E os presentes retribuíram cantando a plenos pulmões as faixas da carreira solo, “Bark at the Moon”, do disco homônimo, 1983, “I Don't Know” e “Suicide Solution”, de Blizzard of Ozz, “Shot in the Dark", de The Ultimate Sin, 1986, e “Road To Nowhere” e “I Don’t Want to Change the World”, de No More Tears, 1991.
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Além das inesquecíveis do Sabbath, “Fairies Wear Boots”, “Iron Man” e “War Pigs”, todas do lendário álbum Paranoid, 1970. Os brasileiros gritavam, “olê, olê, olê, Ozzy, Ozzy” e ele respondia com a frase mais ouvida da noite: “I can’t fucking hear you!” (não consigo ouvir vocês).
A banda mostrou estar à altura. O guitarrista Gus G honrou a tradição de Randy Rhoads e Zakk Wylde e em “Rat Salad”, Tommy Clufetos (baterista da turnê de 13, recente disco do Black Sabbath de 2013) deve ter feito Ozzy se lembrar de Bill Ward, o baterista original do Sabbath, hoje “de mal” dos ex-companheiros.
A estrela deixou para o fim nada menos que “Crazy Train” e no bis, que ele mesmo fez o público pedir, surpreendeu com uma bomba que andava fora da setlist, “Paranoid”.
Parte integrante do primeiro Monsters of Rock brasileiro, em 1991, Ozzy ainda toca no país nos próximos dias nas edições do festival em Curitiba, em 28 de abril, e Porto Alegre, dia 30. Ele está disposto a reunir o Sabbath para uma turnê de despedida e pode voltar com os velhos camarada no ano que vem. O Brasil espera até de joelhos se assim for preciso.
O Monsters of Rock 2015 acontece na Arena Anhembi, em São Paulo, nos dias 25 e 26 de abril. A Rolling Stone Brasil está acompanhando o festival e faz a cobertura completa no site, Twitter, Facebook e Instagram.
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