Ex-juiz pediu demissão do Ministério da Justiça no dia 24 de abril deste ano
Redação Publicado em 22/05/2020, às 08h15
Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, em entrevista à revista Time e comentou sobre a demissão dele do ministério o governo de Jair Bolsonaro. O ex-juiz da Lava Jato disse: "Não entrei no governo para servir a um mestre. Eu entrei para servir ao país, à lei". A matéria também abordou as saídas de Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.
Além disso, Moro ficou descontente com a forma que o governo tratou a pandemia do novo coronavírus, e disso estar focado "no estado de direito". O ex-ministro acha "difícil fazer para ele uma avaliação" se a gestão de Bolsonaro é corrupta, e espera que os brasileiros sejam responsáveis por isso.
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Sérgio Moro ainda falou sobre a força do país. "O Brasil é uma democracia firme. Suas instituições às vezes sofrem alguns ataques, mas estão funcionando", afirmou. "E há uma percepção crescente na opinião pública de que nós precisamos fortalecer os pilares da nossa democracia, incluindo o estado de direito. Esses desejos continuam, apesar das circunstâncias do momento."
Além disso, Moro diz não pensar em uma possível candidatura nas eleições de 2022: "Essa não é a preocupação do momento. Eu acabei de sair do governo. Eu preciso restabelecer minha vida privada. E estamos no meio de uma pandemia."
Atualmente, Sérgio Moro está desempregado, já que não pode mais voltar a ser juiz: "perdi isso para sempre. Eu tenho que me reinventar de alguma forma". No entanto, ele diz ter recebido propostas de universidades para dar aula em Direito. No final das contas, "após seis anos de turbulência, pode ser aconselhável algum tempo para reflexão."
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