Morte foi causada por complicações de problemas renais e diabetes; músico estava no Hospital Clementino Fraga, no Rio de Janeiro
Redação Publicado em 05/05/2017, às 13h58 - Atualizado às 14h49
O sambista Almir Guineto morreu nesta sexta-feira, 5, aos 70 anos, no Hospital Clementino Fraga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, onde estava internado. A informação foi divulgada em uma publicação nas redes sociais do artista que diz que a morte ocorreu "em decorrência de complicações trazidas por problemas renais, crônicos e diabetes". Veja o post original abaixo:
Fundador do grupo Fundo de Quintal, Guineto estava internado desde março. O músico se afastou dos palcos em junho de 2016, quando começou a tratar uma insuficiência renal crônica. A doença foi descoberta no fim de 2015, quando sentiu fortes dores no corpo antes de um show em São Paulo.
Na época, o cantor reconheceu que o tratamento o impedia de a agenda de apresentações do grupo. Mas, apesar da pausa, Guineto pretendia retornar aos palcos no começo deste ano, o que não aconteceu.
Carreira
Almir de Souza Serra, conhecido como Almir Guineto, nasceu em 12 de julho de 1946 no Morro do Salgueiro, na Zona Norte do Rio. O músico teve contato direto com o samba desde a infância, já que o pai dele, Iraci de Souza Serra, era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba. A mãe, Nair de Souza, também fazia parte do meio musical, como uma das principais figuras da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro. O irmão, Francisco de Souza Serra, foi um dos fundadores do grupo Originais do Samba.
Na década de 1970, Guineto já era mestre de bateria, um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que frequentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, inovou ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho ao samba. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos.
Em 1979, mudou-se para São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez "Bebedeira do Zé", primeira composição dele gravada pelo grupo. No início dos anos 1980, o sambista foi um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal, junto com os músicos Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany.
O cantor deixou o grupo após a gravação do disco Samba é no Fundo de Quintal, de 1995, para seguir carreira solo. O artista alcançou notoriedade com a premiação no Festival MPB-Shell, da Globo, em 1981, quando apresentou uma versão de "Mordomia", de Ari do Cavaco e Gracinha.
A fama aumentou ao longo da década, quando outros artistas deram voz às canções do sambista. Beth Carvalho, por exemplo, gravou "É, Pois, É", em 1981, em parceria com Luverci Ernesto e Luís Carlos, "À Luta, Vai-Vai!", com Luverci Ernesto, e "Não Quero Saber Mais Dela", com Sombrinha, em 1984, além de diversas outras músicas.
Guineto lançou 15 discos solo ao longo da carreira, sendo Cartão de Visita, de 2012, o último.
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