A estrela de Cantando na Chuva sofreu um derrame cerebral
Rolling Stone EUA Publicado em 29/12/2016, às 11h19 - Atualizado às 11h55
Debbie Reynolds, a atriz e cantora que estrelou o clássico de 1952 Cantando na Chuva e a mãe de Carrie Fisher, morreu. Ela tinha 84 anos.
Segundo o site da revista Variety, a atriz foi levada ao hospital Cedars-Sinai em Los Angeles, Estados Unidos, após sofrer um derrame cerebral na última quarta, 28, um dia após a morte da filha, Carrie Fisher. “Ela queria estar com Carrie”, o filho Todd Fisher disse à revista.
Reynolds foi uma queridinha de Hollywood nos anos 1950 e 1960, com o visual americano, charme e comportamento doce nas telas, ela parecia incorporar a vibe da época. Além de atuar ao lado de Gene Kelly, em Cantando na Chuva, a atriz também é lembrada pelo papel em A Inconquistável Molly (1964), que lhe rendeu uma indicação ao prêmio Oscar de Melhor Atriz.
Marie Frances Reynolds nasceu na cidade de El Paso, no estado norte-americano do Texas, e depois se mudou com a família para Burbank, Califórnia. A primeira empreitada em direção aos holofotes foi quando ela tinha 16 anos, no concurso para Miss Burbank, o qual ela venceu em 1948. Foi lá que um caçador de talentos da Warner Bros. a descobriu e a ofereceu um contrato. Eles passaram a chamá-la de Debbie. Mais tarde, a MGM a assumiu, levando-a ao papel de sucesso em Cantando na Chuva.
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Apesar de ser respeitada pelos talentos que mostrava na tela do cinema, a vida privada de Debbie também ganhou notoriedade quando o então marido Eddie Fisher, pai de Carrie e Todd, teve um caso com a jovem estrela Elizabeth Taylor, pela qual ele deixou Debbie. Houve mais escândalos quando ela se divorciou do segundo marido, Harry Karl, que aparentemente tinha um vício em apostas que levou a perda das economias de Debbie.
O relacionamento com a filha Carrie era por vezes tumultuoso, o que foi bem documentado dentro e fora das telas. Postcards From the Edge, o romance de 1987 escrito por Carrie e o subsequente filme homônimo de 1990, teriam sido baseados no relacionamento entre as duas. Elas também discutiram a complicada relação no programa Intimate Portraits – Debbie Reynolds and Carrie Fisher, do canal Lifetime, através de entrevistas sobre a competição entre elas, mas também sobre o amor que elas nutriam uma pela outra. O programa também teve a visão de Todd sobre o assunto.
Ao longo dos desafios e tribulações, Debbie continuou a trabalhar, seja no cinema, na televisão, em Las Vegas ou na Broadway, onde ela recebeu uma indicação ao prêmio Tony em 1973 pelo revival de Irene. Ela apareceu em As Super Gatas e Roseanne e em 2000 recebeu uma indicação ao prêmio Emmy pelo papel recorrente como mãe de Grace em Will & Grace. Ela também estrelou no filme de Steven Soderbergh Minha Vida com Liberace como mãe de Liberace para a HBO em 2013. O trabalho dela como dubladora foi ouvido em Kim Possible e Uma Família da Pesada.
Debbie deixa para trás o filho Todd Fisher e a neta, também atriz, Billie Lourd, filha de Carrie.
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