Erasmo Carlos foi internado ontem às pressas e tratava um quadro de edema
Redação Publicado em 22/11/2022, às 13h18 - Atualizado às 14h15
Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22). O cantor e compositor havia sido internado ontem de manhã no Hospital Barra D’or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, às pressas. Ele tinha 81 anos e morreu ao lado de sua esposa, Fernanda Passos. A causa da morte não foi divulgada.
Erasmo havia recebido alta no início do mês após ficar internado por nove dias no hospital, com um quadro de edema. O compositor vinha há alguns meses tratando uma síndrome edemigênica, doença que ocorre quando há um desequilíbrio bioquímico, dificultando a manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por doenças cardíacas, renais ou dos próprios vasos (via Metrópole).
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Ainda no final de outubro, o cantor comentou em seu Instagram boatos de sua morte após a primeira internação causada por uma infecção pulmonar.
Estou muito vivo, e se tudo der certo , saindo do hospital até quarta. Foto tirada por Fernanda HOJE no Hospital BarraDor," escreveu.
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Erasmo começou a carreira como o Tremendão da Jovem Guarda. Ele deixa a esposa, Fernanda Passos, com quem se casou em 2019, e dois filhos, Gil e Leonardo, que ele teve com a primeira mulher, Sandra Sayonara Saião Lobato Esteves, a Narinha.
Carioca, nascido na Tijuca, no Rio de Janeiro, Erasmo foi o responsável por alguns dos maiores hits da Jovem Guarda, incluindo "É Proibido Fumar", "Sentado à beira do caminho", "Além do Horizonte", "Amigo" e "Festa de Arromba".
Por influência de Tim Maia, que o ensinou seus primeiros acordes, Erasmo começou em meados da década de 1950 e foi apresentado a Roberto Carlos através de Arlênio Livy, um amigo em comum. Juntos, Maia, Erasmo e Roberto compunham o grupo Os Sputniks - logo rompido após uma briga entre Tim e Roberto. Dali, Erasmo passaria para o grupo The Boys of Rock, nomeado na sequência como The Snakes. Com eles, lançaria as faixas "Rock and Roll em Copacabana" de 1957 e "That's Rock" (1958).
No anos 1970, ele assina com a Polydor, o que desperta nova evolução em sua música. Grava em seu disco, Carlos, Erasmo, a polêmica “Maria Joana”. Influenciado pela cultura hippie, a ode a maconha, assinada por ele e por Roberto Carlos, gerou polêmica. À Rolling Stone Brasil, ele relembrou o momento:
“O começo da década de 1970 era um período em que a contracultura era algo muito forte e todo mundo falava sobre o assunto. Naturalmente a censura implicou com a música e ela não pode ser executada nas rádios. Pelo menos eu consegui gravá-la”.
Outra canção cultuada e que fará parte do show é “Cachaça Mecânica”, do álbum Projeto Salva Terra.
“Esta foi um grande sucesso na Europa, especialmente na Holanda. Fui convidado a me apresentar no país por acusa dela”, recorda o Erasmo. “Os caras não queriam rock lá, preferiam algo com uma pegada mais brasileira. Acho que, por isso, a música fez sucesso.
“Vou Ficar Nu Para Chamar Sua Atenção” uma pérola da época do final da Jovem Guarda, também será resgatada. “Essa é do filme Roberto Carlos e Diamante Cor de Rosa (1970). Acho que eu nunca a cantei ao vivo”, esclarece Erasmo.
Depois destas apresentações especiais, ele volta à programação normal e segue com o show do álbum Gigante Gentil, que foi lançado em 2014 e ganhou o Grammy Latino.
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