Premiado diretor estava em repouso por conta de problemas respiratórios
Redação Publicado em 10/01/2015, às 14h51 - Atualizado às 16h37
O diretor de cinema italiano Francesco Rosi, mestre na retratação da temática do crime organizado, morreu neste sábado, 10, aos 92 anos, em sua casa, em Roma.
O cineasta esteve em repouso nas últimas semanas por conta de uma bronquite. Rosi morreu enquanto dormia. O funeral está marcado para a próxima segunda feira, 12, na Casa do Cinema de Roma, às 9h (6h de Brasília).
Francesco Rosi nasceu em Nápoles, em 15 de novembro de 1922, onde ingressou na faculdade de Direito, curso que abandonou rapidamente para se dedicar ao desenho.
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Mudou-se pra Roma aos 22 anos e começou a trabalhar no teatro, que serviu de porta de entrada para o universo do cinema. Foi assistente do gênio Michelangelo Antonioni em I Vinti e de Lucchino Visconti em obras como A Terra Treme e Parigi é Sempre Parigi.
O primeiro trabalho de Rosi como diretor foi em 1958, com Fúria de Ambições, longa que lhe rendeu o prêmio de Melhor Estreia na Mostra de Veneza.
Cinco anos mais tarde, com As Mãos Sobre a Cidade ganhou o Leão de Ouro do festival veneziano. Viajou para a Espanha em 1965 para dirigir O Momento da Verdade, um filme sobre touradas que tem roteiro de Pere Portabella.
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Um dos diretores mais aclamados do cinema italiano, Rosi é lembrado pelo interesse nos problemas sociais, sobretudo aqueles ligados ao crime organizado e à máfia. O longa Salvatore Giuliano, por exemplo, narrou a vida do bandido siciliano ligado à máfia.
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Outros títulos da filmografia de Rosi são Lucky Luciano, Cadáveres incômodos, Cristo parou em Eboli e Três irmãos.
Em 1984, ele rodou a versão cinematográfica da ópera Carmen, interpretada por Placido Domingo e com coreografia de Antonio Gades. Já em 1987 realizou a adaptação de Crônica de uma Morte Anunciada, baseada na obra homônima de Gabriel García Márquez.
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