O autor ficou famoso por obras como i>Cem Anos de Solidão (1967), O outono do Patriarca (1975) e O Amor nos Tempos do Cólera (1985) e Notícia de um Sequestro
Redação Publicado em 17/04/2014, às 17h10 - Atualizado às 18h03
O escritor colombiano Gabriel García Márquez morreu nesta quinta-feira, 17, aos 87 anos, segundo os jornais colombianos El Tiempo e El Espectador e o espanhol El País. A causa da morte ainda não foi divulgada oficialmente.
Na segunda-feira, 14, o jornal mexicano El Universal noticiou que o estado de saúde do escritor, que recebia tratamento paliativo em sua residência, no México, era "muito delicado". Em seguida, as informações foram desmentidas por Mónica Alonso, assistente de García Márquez, que afirmou que nem ela e a família dele foram avisadas sobre a volta do câncer. Em março deste ano, ele foi internado na Cidade do México devido uma desidratação e um processo infeccioso pulmonar e de vias urinárias. O escritor recebeu alta oito dias depois.
Gabriel García Márquez foi diagnosticado com câncer linfático em 1999. Após um tratamento quimioterápico realizado em Los Angeles, a doença entrou em remissão. Em seguida, começou a escrever sua autobiografia, Viver Para Contar, publicada em 2002. Em 2012, o irmão do escritor, Jaime García Márquez, disse que Gabo sofria de “demência senil”. A declaração, realizada durante uma conferência em Cartagena, Colômbia, foi negada por Jaime Abello da Fundación Gabriel García Márquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano. Segundo Abello, não havia diagnóstico médico que validasse a alegação.
Em 1948, García Márquez começou a trabalhar como jornalista – ele passaria por jornais como El Universal, El Heraldo e El Espectador. Trabalhou como correspondente na Europa e em Nova York, e foi obrigado a retornar ao México depois de ser investigado pela CIA por conta de sua ligação com o regime político cubado liderado por Fidel Castro. Em 1955, publicou seu primeiro romance, La Hojarasca. O escritor se casou com Mercedes Barcha em 1958 e o primeiro filho do casa, Rodrigo, nasceu no ano seguinte. Rodrigo García se tornou roteirista e diretor de televisão e cinema, dirigindo filmes como Questão de vida, Albert Nobbs e séries como Família Soprano. O programa In treatment, adaptada no Brasil como Sessão de Terapia, foi criada pelo filho do escritor. Em 1982, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra – que incluiu livros como Cem Anos de Solidão (1967), O outono do Patriarca (1975) e O Amor nos Tempos do Cólera (1985), Do Amor e Outros Demônios (1994) e Notícia de um sequestro (1996).
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