Ator, escritor, humorista e apresentador estava internado desde o dia 25 de julho em São Paulo; causa da morte não foi divulgada
Redação Publicado em 05/08/2022, às 06h58 - Atualizado às 09h10
Morreu, na madrugada desta sexta-feira (2), o apresentador, humorista, ator e escritor Jô Soares. Ele tinha 84 anos. Jô estava internado desde o dia 25 de julho no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, tratando de uma pneumonia, mas a causa da morte não foi divulgada.
Quem confirmou a morte de Jô foi Flávia Pedras, ex-mulher do apresentador:
"Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você" escreveu, "Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo”. No post, Flávia ainda comenta que o funeral será reservado à família e a amigos próximos.
José Eugênio Soares, o Jô, nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. O interesse pelas artes veio da adolescência, período que passou na Suíça. Engraçado desde a infância, ele teve afinidade particular pelo humor, que conseguiu desenvolver de volta ao Rio, em meados da década de 1950.
Sua filmografia inicia com participações em Rei do movimento (1954), De pernas pro ar (1956) e Pé na tábua (1957), segundo o IMDB. O primeiro destaque vem como ator em O homem do Sputnik (1959).
Na TV, estreia em 1958, quanso passa a escrever para programas como TV Mistério, da TV Rio, com Tônia Carreiro e Paulo Autran, e Noites Cariocas, da TV Continental. Na década de 1960, muda-se para São Paulo para trabalhar na TV Record. Destacou-se com a série A família trapo, exibido entre 1967 e 1971 todos os domingos.
Em 1970, vai para a TV Globo, onde se destaca por 17 anos com programas como Faça humor, não faça a guerra, Satiricon, O Planeta dos Homens e Viva o Gordo.
Na década de 1980, aventura-se como cronista para jornais como O Globo e Folha de S. Paulo. É nesta época que surgem os primeiros livros, que depois o tornariam best-seller, como O astronauta sem regime (1983), e o best seller O Xangô de Baker Street (1995), que chegou a ser adaptado para o cinema, em 2001. O homem que matou Getúlio Vargas (1998), Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005) e As esganadas (2011) fizeram semelhante sucesso.
Em 1987, vai para o SBT, onde ganha seu próprio programa, o Jô Soares Onze e Meia, que apresenta por 11 anos, até 2000, quando volta à Globo com o Programa do Jô, que apresentou até 2016.
Em 2011, foi capa da Rolling Stone Brasil, onde falou sobre humor, política, e seu processo criativo: "a única coisa que precisava ser politicamente correta no Brasil são os políticos".
Na entrevista, falou ainda sobre seu envolvimento com música: "Eu curti o comecinho do rock and roll, mas antes disso já tinha o jazz. Porque tudo é filho do jazz, filho, neto, bisneto. É toda uma faixa de música que eu adoro. Comecei a tocar trompete por causa disso. Não toco há algum tempo. Se eu voltar a tocar, tenho que ficar dois meses só pra fazer a embocadura, porque fui escolher um instrumento que depende de você formar a boca para o instrumento. O bongô eu toco sempre que posso."
Segundo o post de Flavia Pedra, o velório de Jô será restrito a amigos e familiares e não há detalhes sobre horário ou local.
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