O ator sofreu um infarto fulminante na manhã deste sábado, 5, no Rio de Janeiro
Antônio do Amaral Rocha Publicado em 05/04/2014, às 13h02 - Atualizado em 06/04/2014, às 17h51
Morreu na manhã deste sábado, 5, no Rio de Janeiro, o ator José Wilker, vitimado por um infarto, aos 69 anos. Ele foi um dos fecundos atores da televisão brasileira, tendo atuado em mais de 60 filmes e mais de 50 novelas. Ele também foi protagonista do filme mais rentável do cinema brasileiro até 2010, Dona Flor e seus Dois Maridos, e fez o papel-título na novela mais icônica da televisão, Roque Santeiro, de 1985.
O último trabalho de Wilker na TV foi na novela Amor À Vida, na qual interpretou o médico Herbert, mas também deu vida a personagens marcantes em outras, como Gabriela, Senhora do Destino, O Salvador da Pátria e A Próxima Vítima, esta última atualmente reprisada pelo Canal Viva.
Em 2012, Wilker teve a primeira experiência como diretor de cinema, dirigindo e atuando em Giovanni Improtta, um filme de gângster baseado no personagem que interpretou em Senhora do Destino. No longa, ele propôs uma homenagem aos ícones da TV e do cinema brasileiros, convidando nomes como Othon Bastos, Milton Gonçalves, Hugo Carvana, Jô Soares, Otávio Augusto e Cacá Diegues para a formação do elenco. Na época, Wilker declarou para a Rolling Stone Brasil: “Na verdade, eu diria que foi uma homenagem que eles fizeram a mim, porque eles são meus amigos” (leia trechos da entrevista aqui).
Apaixonado por cinema, ficou notório por seus comentários sinceros em transmissões de cerimônias do Oscar e se orgulhava de possuir uma vasta coleção de mais de 10 mil filmes.
Na televisão, além de atuar, Wilker também dirigiu o humorístico Sai de Baixo e as novelas Louco Amor (1983) e Transas e Caretas (1984). No teatro, dirigiu a peça Rain Man (2013), baseada no filme de mesmo nome estrelado por Dustin Hoffman.
José Wilker Almeida nasceu em Juazeiro do Norte (Ceará) em 20 de agosto de 1947. Em 1966 se mudou para o Rio de Janeiro buscando a carreira de ator. O filme A Falecida, de 1965, foi a primeira atuação dele no cinema (apesar de não creditada). Foi casado quatro vezes – com as atrizes Renée de Vielmond, Mônica Torres, Guilhermina Guinle e com a jornalista Claudia Montenegro – e teve três filhas, Isabel, Mariana e Madá.
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