O líder morreu em casa, em Johannesburgo
Redação Publicado em 05/12/2013, às 19h40 - Atualizado às 22h44
Ex-presidente, ícone da luta contra o apartheid na África do Sul e vencedor do Nobel da Paz, Nelson Mandela morreu nesta quinta-feira, 5. Ele morreu em casa, em Johannesburgo, para onde foi levado no dia 1º de setembro, depois de passar quase três meses internado. A morte dele foi anunciada na TV pelo presidente da África do Sul Jacob Zuma. "Agora ele está descansando. Agora está em paz", disse Zuma. "Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu um pai. O que tornou Nelson Mandela um grande homem era exatamente aquilo que fazia dele humano."
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Mandela terá um funeral de estado, mas ainda não há muitos detalhes a respeito.
Desde o fim de 2012, Mandela foi internado diversas vezes. Ele sofria com infecções pulmonares constantes que muitos acreditam serem frutos da tuberculose contraída pelo ex-presidente na prisão da ilha de Robben, local no qual ele passou 18 dos 27 anos em que esteve preso sob o regime racista do apartheid.
Uma vida dedicada aos direitos humanos
Nelson Rolihlahla Mandela nasceu em 18 de julho de 1918, na pequena cidade de Mvezo, localizada no sudeste do país. Vindo de uma família com nobreza tribal, Mandela abandonou as aspirações de liderança em Mvezo e, aos 23 anos, partiu para Joanesburgo e decidiu se enveredar pelas disputas políticas e, principalmente, por causas igualitárias.
Ele combateu severamente o apartheid, mas sofreu as consequências disso. Já como advogado e líder da resistência não violenta sul-africana, aos 45 anos, em 11 de junho de 1964, Mandela recebeu a pena de prisão perpétua, sob a matrícula prisional 46664. Ficou em cárcere por 27 anos, a maior parte desse tempo em uma pequena cela na ilha Robben.
Foi somente em 11 de fevereiro de 1990 que Mandela conseguiu a soltura e tornou-se um mártir vivo do movimento de união e contra a segregação sul-africana. Quatro anos depois, Mandela estava no posto de presidente do país e deu início à reconstrução da África do Sul.
Em 1993, Mandela recebeu o Nobel da Paz pela luta que vinha empreendendo conta a luta de raças e a favor da igualdade.
No ambiente cultural, ele também foi um personagem inspirador. Um dos últimos atores a viver o ex-presidente nos cinemas foi Morgan Freeman no filme Invictus, dirigido por Clint Eastwood e lançado em 2012. O longa-metragem conta uma das primeiras ações de Mandela como presidente do país. Ele enfrentava grande resistência por parte dos dois grupos e percebia que uma vitória do time sul-africano na Copa do Mundo de Rugby, liderado pelo caucasiano François Pienaar (Matt Damon), poderia inspirar uma trégua. Freeman e Damon foram indicados ao Oscar como Melhor Ator Principal e Coadjuvante, respectivamente.
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