O lendário arquiteto, que entre outras coisas projetou a cidade de Brasília, estava com 104 anos
Redação Publicado em 05/12/2012, às 22h56 - Atualizado em 06/12/2012, às 09h01
Morreu na noite desta quarta, 5, o lendário arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, aos 104 anos. Ele estava internado no hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, desde o dia 2 de novembro, com quadro de desidratação e problemas renais e digestivos. Ele sofria de infecção respiratória e na última terça, 4, foi sedado e respirava com a ajuda de aparelhos.
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O arquiteto, cuja extensa e importante obra é conhecida e elogiada mundialmente, era também famoso por sua notória longevidade. Até alguns meses antes de morrer estava bem de saúde. Porém, este ano foi internado três vezes, em maio, outubro e novembro, sendo que em abril tinha passado por uma cirurgia para retirar a vesícula e um tumor no intestino. No próximo dia 15, Niemeyer faria 105 anos.
O carioca Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares é considerado um dos nomes mais importantes da arquitetura moderna. Ficou conhecido por suas experimentações com concreto armado e fez fama internacional da década de 40, tendo se formado em 1934 como engenheiro e arquiteto pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.
Com uma capacidade impressionante de sempre superar suas criações anteriores, as obras mais famosas dele talvez sejam o conjunto da Pampulha (de 1942, a primeira que assinou sozinho), o Edifício Copan, a sede das Nações Unidas, o conjunto do Parque Ibirapuera e a criação de Brasília – ele trabalhou no plano piloto junto à equipe de Lucio Costa. Mais recentemente projetou o Sambódromo, o Memorial da América Latina e o Museu de Niterói.
O premiado arquiteto sempre foi bastante lembrado por duas características – uma determinação e esforço marcantes, enfrentando longuíssimas jornadas enquanto trabalhava em seus projetos, e uma generosidade financeira que fazia com que ele vivesse abrindo mão de seus cachês em nome da amizade.
Politicamente ativo, foi militante do Partido Comunista e durante boa parte da vida se envolveu em causas que tentassem amenizar a desigualdade social.
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