Vencedor do Grammy, o músico mudou de nome ao se converter ao islamismo; ele lutava contra um câncer de próstata
Redação Publicado em 25/12/2013, às 16h56 - Atualizado em 31/12/2013, às 17h22
Yusef Lateef, artista responsável por unir ritmos locais ao jazz tradicional, morreu nesta segunda-feira, 23, na casa onde morava em Shutesbury, Massachusetts, nos Estados Unidos. De acordo com o site BBC News, ele lutava contra um câncer de próstata, mas a causa da morte não foi revelada.
O funeral do músico será realizado nesta quinta-feira, 26, em Amherst, também em Massachusetts. Ele deixa a mulher, Ayesha, um filho, uma neta e bisnetos.
A última passagem do músico pelo Brasil foi em 2011, quando ele se apresentou no Sesc Pompeia, em São Paulo.
Yusef perseguia novos ritmos e gêneros para incorporá-los ao jazz norte-americano, fundindo world music ao estilo tradicional. Em suas canções, o músico não se limitava ao saxofone, o instrumento principal dele, mas também se aventurava por flauta, oboé e fagote.
Em 1988, Yusef foi laureado pelo Grammy pelo disco Yusef Lateef's Little Symphony, na categoria de Melhor Álbum New Age, no qual todos os instrumentos foram tocados por ele.
Nascido em Chattanooga, Estado do Tennessee, William Emanuel Huddleston decidiu trocar de nome quando se tornou membro da comunidade islâmica – ele inclusive fez duas peregrinações a Meca.
Foi quando se mudou para Detroit, ainda criança, que o músico começou a ter contato com jazzistas que viriam a se tornar referencia para ele e, aos 18 anos, começou a tocar com Lucky Millinder, Ernie Fields e Roy Eldridge. A oportunidade de excursionar com o grande trompetista Dizzy Gillespie veio em 1949.
Quase uma década depois, nos anos 1960, Yusef se mudou para Nova York, para ingressar na banda do lendário Charles Mingus e, com ele, tocou com outros nomes importantes para o gênero, inclusive Miles Davis.
Em 2010, ele foi nomeado mestre do jazz pela National Endowment of the Arts.
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