O ex vocalista da banda britânica The Smiths responde à críticas após demonstrar apoio para figuras de direita em programa de TV
Redação Publicado em 24/06/2019, às 20h25
O cantor e compositor Morrissey respondeu às recentes críticas em entrevista publicada em seu website, conduzida por seu fotógrafo (e sobrinho) Sam Esty Raymer.
Em uma apresentação recente no programa The Tonight Show com Jimmy Fallon, Morrissey surgiu no palco com um broche do partido britânico For Britain (de vertente de extrema-direira e anti-islâmico) e inclusive, foi expulso da loja mais antiga de discos do mundo por usar esse button na TV.
O ex-The Smiths disse que houve uma interpretação distorcida da mídia sobre quem ele realmente é e negou ser racista, mas, reforçou seu envolvimento com o partido de extrema-direita. Além disso, na última eleição francesa, ele também se posicionou a favor de Marine Le Pen, candidata da direita.
“Se você chama alguém de racista no Reino Unido hoje, você está deixando claro que ficou sem palavras. Você está fugindo de um debate. Todo mundo ultimamente prefere sua própria raça. Isso faz todo mundo racista?”, questiona Moz.
Sobre a sua posição política, ele afirma que nunca apoiou o partido Brexit (um partido recente obviamente a favor do Brexit) ou a UKIP (Partido de Independência do Reino Unido).
Morrissey usou como exemplo "o fascínio de David Bowie com o fascismo" e disse que está sendo mais atacado na imprensa do que o Bowie.
Com isso, ele critica diretamente o jornal britânico The Guardian: “Você pode até deixar de lado o que eles dizem e pensar que eles são ridículos. Mas, ao mesmo tempo, você develevar em consideração o status deles como um grande jornal.”
Para completar, ele afirma: “Isso não é jornalismo de opinião, é ódio com a intenção de me tornar alvo do público”.
Por fim, ele aproveitou para se desculpar do vocalista da banda The Cure, Robert Smith: “Eu disse coisas terríveis para ele 35 anos atrás, mas eu não quis dizer aquilo. É ótimo quando você pode culpar tudo pela síndrome de Tourette. Eu não carrego nenhuma responsabilidade moral pelo o que eu disse em 1983. Até porque, quem carrega?”
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