Especialista em entretenimento chinês sugere que o filme pode ser adiado
Redação Publicado em 21/08/2019, às 11h44
No dia 14 de agosto, a atriz Liu Yifei, estrela do filme live-action de Mulan, opinou sobre a conduta policial em protestos contra a soberania do Estado chinês sobre Hong Kong. "Eu apoio a polícia de Hong Kong, vocês podem me atacar agora", escreveu Liu para seus 65 milhões de seguidores na plataforma de mídia social Weibo.
O posicionamento da atriz desencadeou uma intensificação das críticas dos manifestantes a ela e ao filme da Disney, direcionando a força do movimento político também a campanha #BoycottMulan, envolvendo a produção no conflito. Os cidadãos consideram também fazer um protesto em massa na Disneyland de Hong Kong, provavelmente no dia 24 de agosto.
A organização dos manifestantes não determinou se a manifestação acontecerá no local, já que a área é distante da cidade, dificultando a movimentação de pessoas e facilitando prisões em massa. A Disney ainda não se pronunciou sobre a questão política.
O The Hollywood Reporter entrou em contato com Stanley Rosen, professor da University of Southern Californa especialista na indústria de entretenimento chinesa, para uma análise da posição da Disney no dilema, e o que a empresa pode fazer a respeito.
“A Disney não pode apoiar os protestantes porque seus investimentos na China são muito importantes”, diz Rosen. “Mas eles [Disney] obviamente não podem ser vistos como favoráveis ao governo chinês também, porque isso pode prejudicá-los dependendo de como a situação de Hong Kong se resolva.”
Iniciados em julho de 2019, os protestos em Hong Kong lutavam contra um projeto de lei que permitia a extradição de pessoas acusadas de crimes contra a China Continental. E, mesmo com a suspensão do projeto em julho, os protestos seguiram, eventualmente evoluindo para um movimento pró-democracia e um pedido de renúncia da Governadora de Hong Kong.
“Não é impensável que a data de lançamento para Mulan seja adiada para depois de março de 2020,” especula Rosen. “Se as coisas em Hong Kong ficarem ainda mais polarizadas, a Disney terá que se pronunciar sobre o assunto.”
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