Banda paranaense comemora segunda indicação consecutiva ao Grammy Latino, com o disco Sacode
Pedro Antunes, de Goiânia Publicado em 15/11/2013, às 16h32 - Atualizado às 20h34
Nevilton de Alencar não conseguia disfarçar a excitação após terminar uma das apresentações mais aguardadas da primeira noite do festival Vaca Amarela 2013, em Goiânia, nesta madrugada de quinta, 14. Foram pouco mais de 30 minutos de show, diante de um público vibrante. “Estou sentindo que as coisas estão mais naturais no palco”, explica ele, enxugando o suor da testa.
Falante, o guitarrista e vocalista que empresta seu primeiro nome à banda Nevilton vê a saída do baterista Éder Chapolla, após as gravações do segundo disco da banda, como um passo importante para que ele e Tiago Lobão (baixista e, ocasionalmente, baterista) pudessem se sentir mais à vontade com as próprias músicas. “Em seis anos de banda, esse foi um dos melhores episódios que poderiam ter acontecido com a gente”, diz ele. “Agora que a banda teve a formação diluída, eu posso fazer um show sozinho, ou em dupla, com guitarra e bateria.”
A apresentação no festival goiano contou com a participação de Bruno Castro, baterista capixaba que é velho companheiro do Nevilton. “Ele já nos conhece desde 2009, 2010, sabe as músicas. Em ocasiões especiais, como esta, chamamos ele.”
Entre um aceno, um abraço e rápidos bate-papos com fãs e amigos nos bastidores do Vaca Amarela, Nevilton analisa que a banda mudou de perspectiva com relação ao trabalho realizado por eles. “A prioridade não é a banda, não é a persona, saca?”, diz ele. “O que importa é a música. Se fosse para vir sozinho, eu chegaria aqui sozinho e faria, cara.”
A banda de Umuarama, no Paraná, colheu mais um fruto do bom trabalho que vem fazendo. Em setembro, foram indicados ao Grammy Latino pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, eles disputarão para levar o prêmio de Melhor Disco de Rock Brasileiro com Sacode!, lançado neste ano, concorrendo contra Jota Quest, Nando Reis, Vespas Mandarinas e Vowe. Em 2012, eles concorreram com o videoclipe de “Tempos de Maracujá”.
“Na primeira vez que fomos indicamos, ficamos bizarramente assustados”, diz ele. “A partir do momento em que nosso nome apareceu ali, vamos tentar inscrever todo o material possível. Vamos quebrar o pau. Queremos aparecer em todas as plataformas possíveis.” Com isso, Nevilton admite que ele e a banda são “fominhas”. "Queremos é tocar. A gente se inscreve em concurso. Chega alguém e diz: ‘vocês já abriram pro Green Day, não podem se inscrever’. Claro que podemos!”, conta o músico. “Ninguém conhece a gente no Nordeste, temos uns 20 fãs. Nós damos passinhos de formiga, vamos para todos os lugares, formamos nosso publiquinho. Não queremos ser a Claudia Leitte. Queremos fazer show, pagar as nossas contas.”
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