Na última semana, a Procuradoria da República do Distrito Federal moveu uma ação contra Pazuello que fala em improbidade administrativa
Redação Publicado em 08/07/2021, às 12h12
O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação na última semana contra Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) por improbidade administrativa. No documento, explica-se que negligência de Pazuello foi “grave e dolosa”.
A TV Globo teve acesso ao documento nesta quinta, 8, e explicou quais erros de Pazuello foram apontados. Segundo o G1, os oito procuradores que assinam a ação afirmam que, “no que concerne aos fatos articulados na presente ação, há, no mínimo, negligência grave do ex- ministro na ausência de adoção de providências imprescindíveis para a contenção da pandemia”.
+++LEIA MAIS: MPF processa ex-ministro Pazuello por omissão em compra de vacinas; entenda
Em outro trecho, a ação argumenta: “O conjunto dos fatos ora trazidos à apreciação do poder Judiciário constitui amostragem suficiente da gestão gravemente ineficiente e dolosamente desleal (imoral e antiética) do requerido Eduardo Pazuello.”
A ação de improbidade administrativa, movida pelo MPF, constitui-se de ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração Pública no Brasil, cometido durante o exercício da função de agente público. Sendo assim, os procuradores juntam argumentos e evidências de que Pazuello, de fato, praticou a improbidade.
O documento afirma que as ações de Pazuello foram dolosas, ou seja, com intenção de atingir determinado resultado: “Como se narrou na descrição dos fatos, as atitudes adotadas pelo chefe da pasta da Saúde o foram não com apoio em critérios técnicos, estudos científicos e necessidades prementes da população (que exigiriam diligência no planejamento para aquisição e distribuição de vacinas, kits de testes etc), mas, ao contrário, com base na aceitação acrítica (e injustificável) de orientações não técnicas e não-científicas de setores internos e externos ao governo federal.”
Outro ponto abordado no texto é a falta de compromisso do ex-ministro com a eficiência. Devido ao gasto público em remédios sem eficácia comprovada e a falta de preocupação com efeitos colaterais do uso de medicamentos como a cloroquina.
+++LEIA MAIS: Há 9 meses, Governo Federal ignorou proposta de 18 milhões de doses da vacina Pfizer
Outro tema relevante na ação é a omissão em relação à compra de vacinas. Por isso, os procuradores citam os emails da Pfizer ignorados pelo governo Bolsonaro: “O desinteresse pelo imunizante da Pfizer era tamanho que o requerido Eduardo Pazuello não participou de nenhuma das reuniões com a empresa.”
O documento também cita as várias ofertas da Coronavac feitas pelo Instituto Butantã ao Ministério da Saúde desde julho de 2020. O contrato, contudo, foi fechado apenas em janeiro de 2021.
+++LEIA MAIS: Milhares de brasileiros tomaram vacina contra Covid-19 vencida; entenda
“Não restam dúvidas de que o ministro da Saúde quedou-se inerte em relação às necessidades de vacinação da população brasileira contra a Covid-19, limitando-se a firmar um único contrato bilateral com a Fiocruz [AstraZeneca] no ano de 2020,” afirma o documento (via G1).
Entre as consequências, a ação afirma: 'Essa inércia impediu que o Brasil tivesse, ainda no 1º trimestre de 2021 (janeiro a março), a disponibilidade de 4,5 milhões de doses da Pfizer e de 60 milhões de doses da Coronavac, montante que teria possibilitado a vacinação antecipada de 32 milhões de brasileiros, tão logo os imunizantes fossem aprovados pela Anvisa”.
+++ OS 5 DISCOS ESSENCIAIS DE BOB DYLAN | ROLLING STONE BRASIL
Alfa Anderson, vocalista principal do Chic, morre aos 78 anos
Blake Lively se pronuncia sobre acusação de assédio contra Justin Baldoni
Luigi Mangione enfrenta acusações federais de assassinato e perseguição
Prince e The Clash receberão o Grammy pelo conjunto da obra na edição de 2025
Música de Robbie Williams é desqualificada do Oscar por supostas semelhanças com outras canções
Detonautas divulga agenda de shows de 2025; veja