Autor já tinha sido acusado anteriormente de assédio por duas outras mulheres; agora, novas vozes o acusam de novos casos de abuso sexual
por Daniel Kreps, da Rolling Stone Publicado em 02/08/2024, às 12h02
Artigo originalmente publicado na Rolling Stone em 2 de agosto de 2024. Para ler o original, clique aqui.
Aviso: este artigo tem descrição de comportamento sexual predatório e assédio sexual.
Duas novas mulheres apresentaram novas alegações de abuso sexual e agressão contra o escritor Neil Gaiman (Deuses Americanos) após as acusações iniciais feitas no mês passado contra ele.
Em julho, a Tortoise Media lançou o podcast em quatro partes Master: the Allegations Against Neil Gaiman, que apresentou as alegações de duas mulheres contra ele. Na quinta-feira (2), um quinto episódio foi publicado, detalhando as acusações de mais duas mulheres, uma das quais supostamente assinou um acordo de confidencialidade após sua experiência com Gaiman.
Uma delas, Caroline Wallner, era uma mãe divorciada de três filhos que viveu e trabalhou na propriedade de Gaiman em Woodstock, Nova York, de 2014 a 2021, enquanto ele lecionava no Bard College. O então marido de Wallner também vivia e trabalhava na propriedade até 2017, quando o casamento deles terminou e Gaiman informou que não haveria mais trabalho para ele na casa em Woodstock.
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Sem renda, Wallner disse que seu trabalho e a moradia de sua família agora dependiam de Gaiman. "Havia pequenas dicas de que íamos precisar da casa. E eu me lembro de dizer, vamos conversar sobre isso. Vamos descobrir. E então ele veio ao meu estúdio e me fazia fazer sexo oral nele", Wallner contou à Tortoise. "E ele pode dizer que era consensual. Mas por que eu faria isso? Era porque eu tinha medo de perder minha casa."
Durante esses incidentes, Wallner afirma, Gaiman "dizia para mim: 'me chame de seu mestre. Diga que você quer. Diga que você quer'. Ele me sufocava às vezes". Sempre que Wallner resistia a esses avanços, Gaiman insinuava que sua então esposa, Amanda Palmer, queria recuperar a casa em que Wallner e sua família estavam vivendo. "Mas você cuida de mim e eu cuido de você", teria dito Gaiman a Wallner.
Gaiman eventualmente deixou a propriedade em Woodstock, mas supostamente continuou a enviar fotos e vídeos sexualmente explícitos para Wallner, pedindo que ela enviasse de volta para ele. Quando Wallner parou de responder aos pedidos de Gaiman, o gerente de negócios do autor informou a ela que precisaria deixar a propriedade em Woodstock até dezembro de 2021.
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No mesmo mês, Wallner disse que ela e Gaiman concordaram com um acordo de confidencialidade de 275 mil dólares que dispunha da negativa de "que Wallner tenha sofrido quaisquer perdas, danos ou danos pelos quais Gaiman seja legalmente responsável". Apesar do contrato, Wallner veio a público depois de ouvir as alegações anteriores da Tortoise contra Gaiman.
"O fato de que elas tinham a mesma idade das minhas filhas agora foi doloroso de ouvir", disse ela.
Julia Hobsbawm, a segunda mulher no novo relatório da Tortoise, tinha então 22 anos quando, supostamente, Gaiman fez "uma investida agressiva e indesejada" em seu apartamento em Londres em 1986. Supostamente, Gaiman "avançou sobre ela de repente", forçou sua língua na boca dela e a empurrou para o sofá antes que ela conseguisse se livrar. Após esse incidente, Hobsbawm cortou contato com o autor.
Após o podcast inicial de quatro episódios da Tortoise Media, Gaiman negou todas as acusações contra ele e acrescentou que estava "perturbado" com as alegações.
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