A banda britânica de hard rock e glam abre os shows de Lady Gaga no Brasil; leia a entrevista com o frontman Justin Hawkins
Stella Rodrigues Publicado em 09/11/2012, às 19h28 - Atualizado às 20h03
“É basicamente a mesma coisa”, diz Justin Hawkins, vocalista da banda britânica The Darkness, sobre o retorno à ativa do grupo depois de uma pausa forçada de cinco anos ocasionada pela vida de excessos e muitas drogas. Não é tão a mesma coisa assim, já que ele hoje está recuperado da dependência química e convivendo harmoniosamente com os companheiros de banda, Ed, Frankie e seu irmão, Dan Hawkins. “Estamos um pouco mais velhos – bom, na verdade, os outros caras envelheceram, eu estou com a mesma idade”, brinca.
O músico fala à Rolling Stone Brasil por telefone, em uma ligação baixa e barulhenta que só serviu para reforçar a ideia do quão brincalhão e despojado ele é. Sem se incomodar com as falhas na comunicação, respondeu empolgadamente sobre os shows que fará no Brasil a partir desta sexta, 9, no Rio de Janeiro, abrindo as apresentações de Lady Gaga.
“Quem sabe o que ela vai aprontar?! O show de Gaga é diferente a cada noite. Você nunca vê a mesma coisa duas vezes. O legal é ir e curtir os aspectos espetaculosos”, diz, acreditando até então que a cantora era uma veterana no Brasil. Pensando sobre a natureza protetora da Mamãe Monstro, aproveitou para esclarecer uma notícia que foi propaganda de que ele haveria afirmado que Gaga é como uma mãe para os integrantes do Darkness. Rindo do caso, ele explica que “ela tem uma natureza muito cultivadora e essa é uma qualidade adorável, é delicada e amável. Então, sempre me divirto falando dela em entrevistas”, diz, justificando a gama de comentários exóticos que dispersou a respeito dela – ou que foram feitos em nome dele.
A princípio, as músicas de Gaga e do Darkness podem soar estranhas entre si e o monstrinho filhote adotado pela diva pop para abrir a turnê Born This Way Ball pode parecer tão alienígena dentro do show quanto a própria Gaga… no mundo. Mas não, os aspectos coloridos, esquisitos e o senso de humor peculiar do Darkness casam direitinho com o estilo de deboche libertino típico de Gaga.
Ao falar sobre o hard rock e o glam, que a banda faz fora da época de auge desses gêneros, a resposta de Justin exemplifica a personalidade dele. “Eu não saberia fazer outra coisa. E me divirto mais com isso do que qualquer outro emprego normal”, conta, em tom sério, mas emendando: “Eu poderia ser jardineiro ou um lanterninha de cinema… porque aí poderia usar luvas brancas. Ou veterinário!”
“Eu acho mais engraçado quando as pessoas se levam a sério demais, sabe?”, reflete, falando sobre seu espírito piadista. “Somos apenas quatro caras com guitarras – alguns de nós com baterias – mas somos apenas quatro caras tentando animar a multidão, sem explosões ou fogos de artifício”, diz. “Acho que nossas músicas têm uma qualidade que encoraja as pessoas a colocarem seus bebês nos ombros e dançarem junto. Somos a banda dos bebês sobre os ombros!”
Hot Cakes
O disco mais recente, Hot Cakes, o primeiro lançamento desde o retorno, foi muito bem recebido e as boas vindas animaram Justin e seus companheiros, que não sabiam muito bem o que esperar depois desse tempo fora de circulação.
Falando sobre o nome do trabalho, o vocalista conta que não se trata de uma alusão à expressão que em inglês quer dizer “vender muito bem” (“sell like hot cakes”). “Essa expressão significa coisas diferentes em lugares diferentes. Para mim, era aquela sensação de tirar um bolo quentinho de dentro do forno, experimentar e ele estar delicioso. Queria que o álbum passasse essa sensação, a pessoa compra e corre para casa para ouvir, antes que ele esfrie.”
Pensando em uma das faixas do trabalho, “Nothing's Gonna Stop Us”, que serviu de single para o lançamento do disco, Justin encerra a entrevista refletindo sobre o que poderia pará-los: “Eu costumava dizer que a morte, mas agora acho que nem isso, a gente faria uma festa no túmulo”.
Lady Gaga no Brasil, com abertura do Darkness
Rio de Janeiro
9 de novembro de 2012, às 22h00
Parque dos Atletas - Avenida Salvador Allende, s/n°- Barra da Tijuca
R$ 180 (setor laranja), R$ 350 (pista) e R$ 750 (pista premium)
Vendas online: www.toptix.com.br
São Paulo
11 de novembro de 2012, às 20h30
R$ 190 (arquibancada laranja e PNE), R$ 240 (arquibancadas azul e vermelha), R$ 260 (arquibancada especial), R$ 350 (pista), R$ 400 (inferior A) e R$ 450 (superiores 1, 2 e 4)
Estádio do Morumbi - Praça Roberto Gomes Pedrosa, nº 1 — Morumbi
Vendas por telefone: 4003-5588
Vendas online: ticketsforfun.com.br
Porto Alegre
13 de novembro, às 19h30
Estacionamento da Fiergs - Avenida Assis Brasil, 8787 - Bairro Sarandi
R$ 150 a R$ 650
Vendas por telefone: 4003-5588
Vendas online: ticketsforfun.com.br
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