O projeto, com colaboração de Warren Ellis, terá músicas compostas para filmes como A Proposta, roteirizado por Cave
Da redação Publicado em 25/07/2009, às 15h33
White Lunar, parceria entre Nick Cave e Warren Ellis, será lançada em 21 de setembro, informou o site oficial do Nick Cave and the Bad Seeds. A banda, da qual Ellis participa desde 1995, é só um dos projetos que os dois têm em comum - há ainda Grinderman e The Dirty Three, grupo instrumental com o qual Cave colabora esporadicamente.
A realização será um álbum duplo, com o primeiro volume dedicado a faixas gravadas pela dupla para trilha de filmes. Um deles é A Proposta (2005), com roteiro do próprio Cave, direção de John Hillcoat e Guy Pearce no elenco. Também entram composições para O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (2007), encabeçado por Brad Pitt, e A Estrada, adaptação, ainda inédita, do romance de Cormac McCarthy (Onde os Fracos Não Têm Vez, dos irmãos Ethan e Joel Coen, também é assinado pelo escritor).
O segundo disco conterá faixas instrumentais elaboradas para documentários pouco conhecidos, como The English Surgeon (2007) e The Girls of Phnom Penh (2009).
Não há muitas brechas na agenda de Cave. O australiano acabou de sair da turnê de Dig, Lazarus, Dig!!!, eleito um dos 25 melhores álbuns do ano pela Rolling Stone Brasil, e se prepara para liberar, em setembro, seu segundo romance, The Death of Bunny Munro. Some a isso o apoio a Do You Love Me Like I Love You, série de 14 curtas sobre o Bad Seeds, lançado no mês passado em Londres.
Cave cinematográfico
Cave parece ser um entusiasta do cinema. Não só pelas atuações ocasionais, como em O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford. O músico também assinou dois roteiros, em colaboração com Hillcoat. Além do supracitado A Proposta, ele escreveu, em 1988, Ghosts... of the Civil Dead.
Em maio, vazou na web roteiro que Cave escreveu para a sequência do blocksbuster Gladiador. A história faz do general romano interpretado por Russell Crowe um imortal, que chega a lutar na Segunda Guerra, passar pelo Pentágono e pilotar uma nave especial. Ridley Scott, diretor da produção, até elogiou ("como contador de histórias, ele é brilhante"), mas a ficção não foi aprovada. Vale lembrar (e se você não assistiu ao primeiro filme, pare de ler aqui) que o personagem de Crowe morre no final.
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