A Academia do Cinema e Televisão britânica (BAFTA) suspendeu a filiação e prêmio do ator de 45 anos
Redação Publicado em 30/04/2021, às 18h36
Nesta quinta, 29, uma matéria do The Guardian trouxe a público as acusações contra Noel Clarke, conhecido pelo papel como Mickey em Doctor Who. Segundo as informações, 20 mulheres o acusam de assédio sexual, toques e comportamentos inadequados entre 2004 e 2019.
Os depoimentos expõem diversos comportamentos abusivos de Clarke desde 2004. De acordo com as informações, o ator as tocavam sem permissão, tentava beijar à força e fazia comentários sexuais no set de trabalho. Ainda, compartilhava filmagens e fotos explícitas.
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Uma das atrizes, não identificada, falou sobre as filmagens de Juventude Rebelde. Ela contou que Clarke a assediava e a intimidava constantemente, além de forçar beijos de língua e de apalpá-la. Chamada de Mel pelo The Guardian, explicou sobre o medo de denunciá-lo na época: "É perturbador perceber o quão vulnerável e inexperiente eu era naquela idade".
As outras mulheres compartilham depoimentos semelhantes. Jing Lusi, de Podres de Rico, contou sobre o assédio de Noel Clarke em um jantar. Ainda, ele ameaçou a atriz: "Assim que ele percebeu que nada iria acontecer, me disse sem emoção alguma: ‘Certo, tudo bem, só não conte a ninguém sobre isso, sim? Porque se você contar, isso vai chegar até a mim, eu vou descobrir'."
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Nesta sexta, 30, devido à denúncia, a Academia do Cinema e Televisão britânica - responsável pelo BAFTA -, suspende a filiação e o prêmio do ator de 45 anos: "À luz das acusações tomou a decisão de suspender imediatamente e até novo aviso sua filiação e o prêmio por sua contribuição ao cinema britânico, concedido na última edição", alega o comunicado.
O ator respondeu às acusações: "Em meus 20 anos de carreira, priorizei a inclusão e a diversidade em meu trabalho e nunca fui alvo de uma queixa. Se alguém que trabalhou comigo se sentiu alguma vez mal, ou como tendo faltado ao respeito, peço sinceras desculpas". Além de negar "veementemente qualquer ato condenável".
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Quo Vadis, Aida? é um filme da Bósnia-Hezergovina indicado ao Oscar 2021 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Aclamado pela crítica, o longa acompanha os esforços da tradutora da ONU Aida (Jasna Đuričić) na pequena cidade de Srebrenica durante a Guerra da Bósnia em 1995.
O filme histórico narra e reflete sobre o massacre de 8 mil cidadãos muçulmanos em 1995 na Bósnia. O drama se desenvolve a partir da dedicação intensa da protagonista Aida em proteger a família e a comunidade após a cidade ser invadida.
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Não é à toa que o longa-metragem escrito e dirigido por Jasmila Žbanić chegou ao Oscar 2021. Com uma história forte e potente, um desempenho encantador da atriz Jasna Đuričić e uma fotografia espetacular, Quo Vadis, Aida? soma 100% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Para aqueles que ainda não conhecem o intenso, profundo e complexo filme, listamos 6 motivos para assistir Quo Vadis, Aida?. No Brasil, o longa está disponível para aluguel nas plataformas de streaming Now, Vivo Play, Sky Play, iTunes, Apple TV, Google Play e YouTube.
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Desempenho espetacular de Jasna Đuričić
Jasna Đuričić tem um desempenho espetacular como Aida. A atriz mostra as peculiaridades, singularidades, força, imperfeições e angústias da tradutora da ONU com muita profundidade, sentimentalidade e complexidade.
Aida é o ponto central da narrativa - a personagem é necessária para que a história da pequena cidade Srebrenica durante a Guerra da Bósnia em 1995 se desenvolva, e consegue cumprir o papel da tradutora com uma intensidade magnífica.
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Intensidade complexa
Com muita complexidade e profundidade, a narrativa angustiante, realista e imparcial de Quo Vadis, Aida? dá um tom desesperador à história de Aida e da pequena comunidade de Srebrenica.
Não é um filme fácil de assistir, é desesperador e devastador, que deixa o telespectador completamente esgotado, exausto e horrorizado. No entanto, exatamente por este motivo, o longa se torna completamente necessário e admirável.
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Fotografia
Com imagens cinematográficas que soam como cenas documentais devido à incrível elaboração, a fotografia de Quo Vadis, Aida? é um dos principais acertos do filme. Em diversos momentos da narrativa, as composições visuais são incrivelmente artísticas.
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História
A história começa em julho de 1995 em Srebrenica, no leste da Bósnia, após a invasão militar na cidade. Sem voltas desnecessárias na narrativa, acompanhamos a guerra, que já dura três anos, e Aida é nosso guia para os horrores que aconteceram e acontecerão na cidade dela.
Com excelência, Quo Vadis, Aida? apresenta uma história necessária e urgente, que combinada aos elementos da narrativa, expõe o terror, o desespero e angústia da realidade de diversas famílias da Bósnia naquela época.
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Sensibilidade
A partir da história íntima e familiar guiada por Aida e para além do desespero e angústia da Guerra, o filme traz momentos emocionantes de sensibilidade e humanização, em geral, protagonizados pela tradutora da ONU.
Roteiro potente
Com o ótimo desempenho dos atores combinados aos diversos elementos como trilha sonora e fotografia, Quo Vadis, Aida? se desenrola lentamente e os eventos do filme acontecem gradualmente.
Isso ocorre, porém, devido ao potente roteiro que busca causar reflexão nos telespectadores ao longo de todo o filme. Como comentamos, não é uma produção fácil de ser digerida e faz com que o público pense constantemente - e, tudo de maneira intensa, complexa e aprofundada.
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