Agora, os dois maiores serviços de streaming do mundo só querem saber do novo queridinho dos áudios, o podcast
Amy X. Wang / Rolling Stone EUA Publicado em 26/07/2019, às 17h35
Em 2019, algo curioso aconteceu com o streaming da música: os dois maiores programas na indústria, Spotify e Apple Music, pararam se referir a si mesmos como serviços de música. Mesmo que os dois gigantes tecnológicos ainda tenham o seu catálogo de milhões de música como o centro de seus produtos, o ano presenciou uma série de movimentos agressivos de ambos em uma diferente arena em comum.
Esses seriam os conteúdos de áudios não musicais - especialmente podcasts, um formato explosivo que atrai ⅕ dos adultos dos Estados Unidos todas as semanas, de acordo com o mais novo relatório da Nielsen (há 10 anos, isso aparecia pela metade.) Spotify passou o último ano em uma caçada expansiva, arrecadando diversas oportunidades relevantes de podcasts como o comediante Josh Adam Meyers e Barack e Michelle Obama, ex-presidente e primeira dama dos EUA, respectivamente; investiu cerca de US$ 300 milhões em podcasts, compraram duas companhias especializadas, e redesenharam o aplicativo e a experiência do usuário para destacar proeminentes episódios de podcast do mesmo jeito que fazem com discos musicais.
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Já a Apple, para não ser passada para trás, está pronta para fundar sua linha de podcasts exclusivos, também, de acordo com uma notícia recente da Bloomberg. Detalhes do acordo ainda não são conhecidos.
Voxnet, uma empresa de podcasts que oferece serviços para quem quer publicar e anunciar, lançou uma análise esta semana usando dados de audiência que afirmam que Apple é o maior dos dois serviços no mercado do podcast pela popularidade - mas em margem apertada. A dominância do Spotify em alguns países europeus como Alemanha, Bulgária e Países Baixos é algo “particularmente importante” a ser avaliado por conta das promessas de crescimento nas regiões, afirma o relatório.
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O que deve acontecer é que vamos terminar com uma fragmentação em países, como já acontece com o streaming de música, com Apple liderando os EUA, mas o Spotify dominando o resto do mundo de modo equivalente. E isso ainda não está ligado ao mercado voltado ao podcast e empresas específicas do ramo como Pandora e Luminary, que também se mantém determinadas.
Uma questão melhor do que “quem vai vender mais?” seria “que companhia vai se beneficiar mais com podcasts?” Analistas veem a iniciativa em podcasts do Spotify como uma estratégia para diversificar o que o serviço de streaming oferece; Para a Apple, porém, expandir para podcasts seria reconstruir algo que vive dentro dos produtos da companhia pelo iTunes (RIP) desde 2005.
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Mas como a análise do Vulture desta quinta mostrou, a “substância e patamares agora são dramaticamente diferentes” com o boom de popularidade de podcasts, graças aos avanços em ambos serviços de streaming e consumo de gadgets tecnológicos como smart speakers. Resumindo: todo mundo viu os sinais de um ramo sem rótulos, e a pressa para chegar lá ´por todos os lados será qualquer coisa, menos ordenada.
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