A vocalista Amy Lee diz que os trabalhos para o próximo disco estão a todo vapor – mas revela que banda não vai tocar inéditas em São Paulo, no dia 8 de novembro
Por Adriana Douglas Publicado em 17/10/2009, às 10h41
"Vamos dar o melhor de nós". Essa é a garantia dada por Amy Lee, líder do Evanescence, para o show que a banda fará em São Paulo, no dia 8 de novembro, no Maquinária Festival. Após hiato de quase dois anos, o grupo se prepara para a segunda visita ao país, onde, acredita a cantora, estão os fãs "mais especiais".
Por telefone, Amy se mostra descontraída e empolgada com a apresentação. No entanto, o público brasileiro não poderá conferir novas faixas: o último disco, The Open Door, saiu em 2006 - e o próximo só deve chegar ao mercado no ano que vem. Nesse meio tempo, o guitarrista John LeCompt e o baterista Rocky Gray, membros da formação inicial, debandaram. Com o desfalque, o processo de criação e composição da banda ficou basicamente estagnado, sem render novas músicas ao repertório, fato lamentado por Amy.
"É difícil estar numa banda, porque todos têm de trabalhar juntos e estar juntos sempre, sou a única integrante original", afirma. "Apesar de a composição em si incluir apenas dois ou três de nós, é difícil seguir adiante após uma mudança." Apesar de não ter inéditas no repertório, o show deverá ser diferente do apresentado pelo Evanescence em solo brasileiro em 2007. "Vamos nos basear em nossos grandes hits, que todos conhecem, mas devemos incluir algo que não foi mostrado da última vez." Antes de subir ao palco, Amy fará como de praxe: irá aquecer a voz e ouvir suas músicas favoritas junto aos outros companheiros. "Ouvimos diversas bandas diferentes para nos animar e relaxar, como Rush. É o trabalho mais legal do mundo."
Sem dar muitas pistas sobre o futuro álbum de inéditas do Evanescence, ela conta que tem "ficado acordada até de madrugada compondo e gravando canções". Mas os fãs ainda têm um bom tempo pela frente: a previsão é de que o trabalho só chegue às lojas no último trimestre de 2010 (ela "gostaria que não demorasse tanto para o álbum ser lançado"). Enquanto isso, a banda arquiteta novas músicas - "todos estão fazendo um pouquinho - no estúdio que Amy mantém em sua própria casa, em Nova York.
Aos 27 anos, a cantora disse ainda que o som do grupo pode ganhar alguns toques diferentes, usando mais bateria e menos guitarra nas composições - mas, ela reitera, sem afetar a identidade do grupo. "Será algo como Portishead", aposta. "Na verdade, um mesmo álbum deve ter muitas coisas a dizer ao seu público." A nova fase poderá também levar pitadas de música eletrônica, vindas de artistas como Depeche Mode, MGMT, M.I.A. e os brasileiros do CSS, nomes que a artista tem ouvido recentemente.
Em rápidos 15 minutos de entrevista, o bom humor de Amy mudou apenas para um assunto: a nova banda dos ex-integrantes do Evanescence. Anunciado em meados de junho, o grupo formado por LeCompt, Gray e Ben Moody (parceiro de Amy na fundação da banda) foi batizado de The Fallen, título usado no álbum de estreia do Evanescence, de 2003. Para o posto de vocalista, o trio escalou Carly Smithson, finalista de 2008 do programa American Idol. Seja por remorso, ciúme ou apenas discrição, Amy preferiu não comentar.
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