- Anya Taylor-Joy em O Gambito da Rainha (Foto: Reprodução)

O Gambito da Rainha: Quais lições a série traz para as próximas cinebiografias de Hollywood?

Apesar de retratar uma história fictícia, a forma como a série foi desenvolvida pode inspirar novos modelos de narrativa

Redação Publicado em 02/12/2020, às 10h19

O Gambito da Rainha é um dos maiores lançamentos do ano da Netflix, quer dizer, da história, afinal, a produção é a minissérie roteirizada mais vista da plataforma de streaming. E além de fazer sucesso, o seriado também traz algumas lições para as cinebiografias de Hollywood, segundo o site Screen Rant

De acordo com a análise de Cory Stillman, O Gambito da Rainha explora uma história fictícia que se torna extremamente envolvente ao contar com partidas e jogadas reais; retratar os dilemas de mulher que quer ganhar destaque no mundo dos esportes; e mostrar a evolução do xadrez ao longo dos anos. 

+++LEIA MAIS: Ama romance? Conheça Virgin River, série viciante escondida no catálogo da Netflix

Ao contrário da série The Crown ou do filme Bohemian Rhapsody, por exemplo, que partem de fatos reais, mas perdem um pouco da veracidade ao alterar a ordem de acontecimentos e incorporar elementos de uma narrativa cinematográfica.

Claro, O Gambito da Rainha retrata uma história inédita e os espectadores não sabem qual vai ser o final dela, como acontece com a trajetória de Elizabeth II e Freddie Mercury. Mas não é exatamente isso que garante o sucesso da série. 

+++LEIA MAIS: Netflix fica para trás: Amazon Prime Video e Disney+ lideram lista de filmes mais vistos em 2020; veja o top 10 

Por não estar presa em fatos reais, O Gambito da Rainha teve muito mais liberdade para construir a narrativa, mas, mesmo assim, gerou dúvidas em vários espectadores, que acreditaram que Beth Harmon realmente poderia ter existido. 

A série não traz explicações tediosas sobre o esporte e, em diversos momentos, não faz questão do espectador entender o que está acontecendo no tabuleiro. Isso porque a produção foca em trazer a essência do universo do xadrez e não se prende em um progressão tradicional de acontecimentos. 

+++ LEIA MAIS: 6 filmes de terror 'diferentões' (e super bizarros) para assistir na Netflix [LISTA]

Como Stillman aponta, O Gambito da Rainha não conseguiria ser tão interessante sem os fatos reais que aborda, mas não deixa a ficção de lado. Muitas cinebiografias erram ao tentar esconder o fato de que, no final das contas, elas são fictícias.

Por fim, o escritor menciona o longa-metragem Não Estou Lá, de Todd Haynes, que ao invés de tentar seguir uma narrativa tradicional, segue um estilo parecido com a produção da Netflix e utiliza seis atores para interpretar Bob Dylan e capturar a essência do músico. 

+++ SIGA NOSSO SPOTIFY - conheça as melhores seleções musicais e novidades mais quentes


+++ TICO SANTA CRUZ: 'A GENTE QUERIA PROVOCAR OS CONSERVADORES' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL

série netflix cinema notícias streaming produção Cinebiografia plataforma o gambito da rainha lições narrativa

Leia também

Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos


Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro


Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres


Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada


Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover


Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições