The DTs é uma das atrações do Porão do Rock - Lord Fotog/Reprodução/Site Porão do Rock

O hard soul do DT's integra o line-up do Porão do Rock

Dave e Diana, as mentes por trás do grupo, comentam o estilo da banda e revelam que o novo disco está quase pronto

Por Stella Rodrigues Publicado em 28/07/2011, às 18h35

"Estive no Brasil várias vezes e eu nunca vi um macaco", brinca, em tom de frustração, o guitarrista do DT's Dave Crider, fazendo piada com um dos maiores clichês propagados internacionalmente a respeito do país. Ele e a vocalista Diana Young-Blanchard conversaram com a reportagem da Rolling Stone Brasil a respeito desta nova passagem do DTS (também formado pelo baterista Mike VanBuskirk e o baixista Matt Z) por aqui, que renderá três apresentações: Goiânia, Brasília (Porão do Rock) e São Paulo - veja mais informações no fim da matéria.

Nesta viagem para a América do Sul, eles ainda realizam a vontade de tocar na Argentina pela primeira vez, na edição do Porão do Rock realizada pelos hermanos. E, finalmente, depois de muitos anos de convites sendo negados por conta de conflito de agendas, conseguem marcar presença no Porão brasiliense.

Fazendo um som diferente do pop e rock que dominam as rádios, logo arrumaram um nome que definisse de forma mais eficiente o estilo deles: hard soul. "É uma combinação de hard rock da década de 70 e soul, da mesma época. Usando nomes: Grand Funk Railroad e Aerosmith se encontram com Otis Redding e Etta James", explica Dave.

O grupo busca sua inspiração em décadas passadas e se diz "cagando" para o fato de que, indo contra a maré, voltaram no tempo mais do que as muitas outras bandas que buscam seu som diretamente no passado. Esclarecendo: enquanto a grande onda era resgatar a década de 80, Dave e Diana acertaram o relógio do DeLorean para algum tempo antes. "Isso porque os anos 80 são uma merda", diz Diana com uma naturalidade sincera, entre risos. "Exceto pela cena de punk rock, a década de 80 foi uma porcaria. Eu acho que principalmente por causa da MTV, mas também porque foi uma era mais visual da música, o que a corrompeu".

Apesar de nenhum dos dois enxergar o que fazem como uma espécie de nostalgia, Dave admite a força que o tempo tem para eternizar uma determinada sonoridade, torná-la uma referência mais forte, o que a deixa mais palatável aos ouvidos do público. "É engraçado, quando comecei a ser fã de Rolling Stones e Jimi Hendrix, eles não eram tão populares quanto são hoje. Eram grandes, mas não da mesma forma que hoje. Acho que porque entraram para a história, desde então", analisa Dave.

Novo disco

A pesada bagagem carregada pelo DT's comporta ainda um nome, o de Jack Endino, bem conhecido dos adeptos ao grunge e o "produtor escolhido pra chamar de nosso", da banda. Diana, Dave e ele estão responsáveis pela produção do novo trabalho do grupo. "Nosso quarto álbum está quase no final. Só faltam os retoques finais, depois da viagem para a América do Sul, entramos no estúdio mais uma única vez e queremos terminar tudo ainda este ano."

O DT's, assim como o Jon Spencer Blues Explosion e o Helmet, tocará no Porão do Rock, que o site da Rolling Stone Brasil irá cobrir. Clique aqui para ler uma entrevista com Jon Spencer e aqui para saber mais sobre o líder do Helmet, Page Hamilton.

The DT's no Brasil

Goiânia

28 de julho

Metropolis Pub - Avenida 83, 372

R$ 20

Brasília

29 de julho

Festival Porão do Rock - SRPN - Complexo do Ginásio Nilson Nelson - quadra 207 Norte, no Plano Piloto de Brasília

Entrada gratuita mediante apresentação do ingresso (que pode ser impresso no site) mais 1Kg de alimento não perecível

Informações: www.poraodorock.com.br

São Paulo

30 de julho

Clube Inferno - Rua Augusta, 501

R$ 15 (mulher - nome na lista), R$ 20 (homens - nome da lista e mulher - porta) ou R$ 25 (homem - na porta)

porao-do-rock the-dts

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