Gilberto Gil, Lenine, Arlindo Cruz, Djavan, Frejat e Emicida estão entre as participações especiais
Guilherme Guedes Publicado em 28/01/2014, às 13h13 - Atualizado às 13h44
Gravação é coisa séria. Mas quando se trata do Sambabook Zeca Pagodinho, o novo volume da série que presta tributo a grandes compositores do samba, o clima é descontraído como o homenageado. Registrado no Rio de Janeiro e previsto para abril, o novo capítulo – que se divide em CD, DVD, Blu-ray, livro de partituras, “discobiografia” e aplicativo para smartphones – reuniu gigantes da música para cantar as composições do malandro carioca, que assistiu à gravação como a tradição exige: sempre com um copo de cerveja em mãos. “A gravação estava atrapalhando o bar do Zeca”, brinca a diretora Joana Mazzuchelli, colaboradora de longa data do sambista, no último dia de filmagem. “Ah, não tinha nada disso, não. A gravação era o bar”, responde Zeca, com a sagacidade de costume.
Para louvar a obra de Zeca Pagodinho, foram escalados nomes como Beth Carvalho, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Lenine e Arlindo Cruz, além de frequentadores não tão assíduos das rodas de samba, como Djavan, Frejat e Emicida. Convidado para cantar “Quem É Ela” em estúdio, Marcelo D2 parecia ansioso, e justificou o nervosismo pela admiração que tem pela obra de Zeca. “Sempre quis fazer rap como ele faz samba”, conta. “A irreverência, o sarcasmo, o retrato do que está em volta, isso tudo sempre foi importante para mim.” Alcione gravou a romântica “Ter Compaixão”, e destaca a espontaneidade de Zeca como compositor. “Muita gente não sabe como é difícil ser simples, e ele consegue naturalmente. Isso não se aprende no colégio, é um dom de Deus”, elogia.
O segredo, segundo o homenageado, é não deixar o tempo levar a inspiração embora. “A emoção é do momento, né? Se perder o momento, a emoção vai junto”, desvenda. Maria Rita reforça o time dos apaixonados pela simplicidade da música de Zeca Pagodinho. “A música dele é de fácil digestão e fácil relação, é de um talento brutal! Tive que me controlar a caminho da gravação, porque sou daquelas que se emocionam com qualquer coisa.” Despretensioso, Zeca parece não acreditar que as canções escritas por ele fossem motivo para tanta cerimônia: “Isso dá força para o nosso espírito”, diz.
O texto acima foi publicado na edição 88 da Rolling Stone Brasil.
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