Remake tem elenco feminino poderoso que inclui Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway e Rihanna, entre outras
Paulo Cavalcanti Publicado em 06/06/2018, às 16h08 - Atualizado às 20h40
Em 1960, Frank Sinatra vivia o auge do Rat Pack, grupo que reunia os amigos beberrões e farristas que trabalhavam e conviviam com ele. O filme Onze Homens e um Segredo é até hoje o registro definitivo deste capitulo da carreira do canto e ator. O longa foi dirigido por Lewis Milestone e virou algo cult, além de um arquétipo de filmes sobre golpes intrincados e milionários. Em 2001, o diretor Steven Soderbergh se encarregou de um bem-sucedido remake, com George Clooney no papel que originalmente pertenceu a Sinatra. Este novo Onze Homens e um Segredo fez tanto sucesso que rendeu Doze Homens e Outro Segredo e Treze Homens e um Novo Segredo. Uma ideia que dá certo tantas vezes não poderia ser abandonada por Hollywood, então, agora a franquia reaparece, mas com uma boa novidade, que é um elenco totalmente feminino.
Oito Mulheres e um Segredo, Sandra Bullock é Debbie, irmã do Danny Ocean vivido por Clooney. Como o falecido irmão, também é uma talentosa vigarista, mas o último trabalho que fez rendeu cinco anos na cadeia. Debbie cumpriu pena com duas coisas na cabeça: executar o golpe perfeito e se vingar de Claude Becker (Richard Armitage), o namorado e ex-parceiro de crimes que a traiu e saiu impune. Desta vez, o plano de Debbie é cometer um crime no baile anual do Met, em Nova York, um dos eventos mais exclusivos e sofisticados do mundo.
Debbie pede ajuda a outra ex-parceira de crime, a enigmática e sarcástica Lou (Cate Blanchett). As duas também precisam de um time de experts para executar o plano. Elas contratam uma hacker (Rihanna), uma joalheira (Mindy Kaling), uma designer (Helena Bonham Carter), uma batedora de carteiras (Awkwafina) e uma receptadora e especialista em logística (Sarah Paulson). Estas mulheres, todas extremamente habilidosas nas áreas nas quais operam, terão como missão se infiltrar no Met e roubar um precioso colar que será usado na ocasião pela pedante starlet Daphne Kluger (Anne Hathaway).
Como diversão, Oito Mulheres e um Segredo é infalível. A junção de tantas mulheres talentosas e com personalidades tão diferentes já é boa parte da graça. Naturalmente algumas delas se destacam mais. O ar de camaradagem da equipe reunida pela personagem de Sandra Bullock realmente contagia. Também é divertido ver Anne Hathaway interpretando uma versão mal-disfarçada dela mesma. O visual e a direção de arte são magníficos e algumas piadas realmente dão certo. O tom leve segue basicamente o que foi feito antes na franquia sob a direção de Soderbergh – claro, o tom cínico e amargo da versão estrelada por Sinatra ficou para trás há muito tempo.
Se o filme é um ótimo passatempo, ele também é leve como algodão. A direção de Gary Ross não apresenta ousadia. O roteiro tem inúmeros furos. Mas o pior fica por conta da falta de tensão e de elementos surpresa, tão necessários a filmes desta linha. O esquadrão de Debbie Ocean executa tudo com a precisão de um relógio suíço – nada sai fora do esquema. Com isso, tudo se torna muito previsível. Se deixarmos isso de lado, Oito Mulheres e um Segredo funciona, especialmente para quem é fã das atrizes envolvidas na produção.
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