O ex-assessor e motorista do filho de Jair Bolsonaro foi preso na Operação Anjo nesta quinta-feira, 18
Redação Publicado em 18/06/2020, às 09h31
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi preso na manhã desta quinta-feira, 18, na Operação Anjo, realizada pelos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, segundo o Uol.
Alvo de uma investigação há dois anos, Queiroz não resistiu à prisão ao ser encontrado em um imóvel de Frederick Wassef, advogado de Flávio, na cidade de Atibaia, no estado de São Paulo, de acordo com informações da TV Globo.
Em 2018, a Coaf - Conselho de Controle de Atividades Financeiras - apontou uma movimentação de R$1,2 milhão feita por Queiroz entre 2016 e 2017. A transação financeira ganhou repercussão durante a Operação Lava Jato.
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Então, o MP do Rio de Janeiro iniciou uma investigação e registrou que o último salário de Queiroz na Alerj - Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - tinha sido de R$ 8.517, além disso, o ex-assessor recebeu transferências de sete servidores do gabinete do filho do Presidente da República.
Amigo de Jair Bolsonaro, o ex-assessor e motorista de Flávio, também movimentou R$ 24 mil para a conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em resposta às acusações, Queiroz negou ser um “laranja” e afirmou que a transferência estava relacionada a uma compra e venda de automóveis.
Já Bolsonaro declarou na época que a esposa não tinha relação com a movimentação e que o valor depositado era a devolução de uma empréstimo de R$ 40 mil feito ao amigo.
Investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Flávio é apontado como chefe de um esquema criminoso que “lavou” dinheiro por meio do gabinete dele na Alerj e de uma franquia de uma loja de chocolate, da qual é sócio, entre 2007 e 2018.
A lavagem faria parte do financiamento da milícia do ex-policial Adriano Nóbrega, da comunidade de Rio das Pedras, no bairro Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Antes de Nóbrega ser morto em fevereiro, a mãe e ex-esposa do ex-policial, Raimunda Veras Magalhães e Danielle, respectivamente, receberam no total R$ 1.029.042,48 como funcionárias do gabinete, sacaram mais de R$ 200.000 e transferiram mais de R$ 200.000 para Queiroz. Segundo os investigadores, Danielle afirmou que o ex-companheiro tinha posse de parte do salário dela.
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De acordo com o Uol, Flávio já tentou impedir o desdobramento da operação duas vezes. Na primeira das tentativas, o ministro do STF Gilmar Mendes ordenou a retomada da investigação. Já na segunda, o senador do Superior Tribunal de Justiça Felix Fischer rejeitou o pedido de suspensão das apurações.
A operação é sigilosa, por isso, não foram revelados quais serão os próximos passos, porém já foi divulgado que os policiais da operação ainda farão uma busca e apreensão no imóvel localizado no interior paulista.
Além disso, o ex-assessor será encaminhado para o Palácio da Polícia, em São Paulo, e em seguida, deve ser levado para o Rio de Janeiro. A operação ainda investigará uma suposta devolução de salários de servidores da Alerj para Flávio Bolsonaro, entre 2003 e 2019.
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