Show descontraído reuniu o maior público da trajetória da boy band
Luísa Jubilut Publicado em 11/05/2014, às 02h23 - Atualizado às 10h31
A apresentação do One Direction não é aquilo que se espera de uma boy band convencional: não há coreografia – no máximo alguns passos propositadamente desajeitados - harmonias perfeitas, ou figurinos que se complementam. E nem haveria razão de ter. É justamente a descontração, a movimentação mais espontânea e a jovialidade que garantem o sucesso da banda formada no The X Factor, em 2010, e que se apresentou neste sábado, 10, no Estádio do Morumbi em São Paulo.
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Até o tempo parecia estar a favor do grupo pop. A chuva mais forte que caía sobre o público melhorou justamente no momento em que os cinco meninos – apelidados pelos mais ousados de “os Fab Four desta geração” – subiram ao palco para cantar “Midnight Memories”, faixa título do álbum mais recente do grupo. “Nós somos o One Direction, muito prazer”, disse Harry Styles, em um quase deboche da etiqueta britânica. Logo antes, Liam Payne – que atuou como mestre de cerimônias da noite – revelou que o aquela era a maior plateia da breve, porém intensa trajetória da banda. O público estimado do estádio era de 64 mil pessoas.
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Após “Kiss Me” e “Rock Me”, foi a vez de Louis Tomlinson causar um grito quase uníssono do público. O integrante mais velho do grupo, de apenas 22 anos, segurou a bandeira brasileira de ponta-cabeça. A plateia não poderia estar menos interessada em pequenas gafes: estava na mão dos cinco jovens. “É inacreditável tocar num estádio como esse”, disse ele. “Viemos de lugares pequenos da Inglaterra e Irlanda e olha onde estamos”, completou o carismático Niall Horan. “Don't Forget Where You Belong”, escrita pelo jovem da cidade irlandesa de Mullingar (que tem uma população mais de três menor do que a capacidade do estádio) em parceria com o McFly, grupo pop britânico, foi a escolhida para complementar o discurso.
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O hit “Live While We're Young” marcou o fim da timidez do One Direction com a plateia. Os meninos dançaram e se colocaram como animadores de público, assumindo guitarras invisíveis, caras e bocas divertidas e interagindo mais entre si. Zayn Malik finalmente se dirigiu ao público. Agradeceu brevemente pelo carinho e logo introduziu a acústica “Little Things”, comandada pelo violão de Niall. “Termine a música, São Paulo!”, pediu Harry. Com prazer, mentalizou o público em resposta.
“Você sabe alguma coisa de português, Niall?”, brincou Liam, constante fio condutor de interações, antes de arriscar um “Eu te amo, São Paulo”, com sotaque inglês. “Este é o meu lugar favorito de toda a turnê”, anunciou. “Melhor show da turnê”, concordou o irlandês. “Honestamente.”
Em seguida, a música foi interrompida para uma sessão de perguntas, previamente gravadas e enviadas em vídeo. A primeira menina, da Índia, perguntou aos jovens que celebridades gostariam de ser por um dia. “Neymar”, escolheu Niall, gerando uma avalanche de gritos e uma breve discussão sobre futebol entre os colegas de banda. Outra jovem pediu para que montassem uma pirâmide humana, usando a penas um braço de apoio. A missão foi realizada com a ajuda de Dan Richards, guitarrista da turnê Where We Are. Depois do tombo pós-pirâmide, o público foi surpreendido pelo dono da próxima “questão“ – que, no final das contas, acabou não fazendo nenhuma pergunta. Pelé surgiu no telão para elogiar a boy band. Ele ainda lamentou não poder estar presente, mas deu boas vindas aos músicos, desejou a eles boa sorte e os convidou para fazer um som com ele. “Eu amo música, e toco violão”, disse o Rei do Futebol. Ele aproveitou ainda para dar a todos uma camisa da seleção brasileira e fazer uma breve propaganda da Copa do Mundo.
Harry Styles começou a mostrar mais o jeito irreverente durante “Better Than Words”, quando cuspiu um jato água para cima. “Nós temos mais algumas músicas pela frente, será que tudo bem?”, perguntou, fazendo charme. “Alive” deu destaque à dupla de guitarristas da banda, que desfilaram pela passarela cheia de objetos, bandeiras e peças de roupa. “One Thing” e o hit “What Makes You Beautiful” – popularizado no Brasil como a música do Bar Mitzvah do Nissim Ourfali – deram deixa para o bis, iniciado poucos minutos depois.
“Mas que show!”, contemplou Niall, agora com a camisa da seleção. “Eu amo tanto o Brasil que fiz uma tatuagem na minha coxa”, disse Harry. Durante a apresentação no Rio, o cantor havia abaixado a calça e mostrado a homenagem (assista ao vídeo abaixo). “Vocês já viram, seus safados”, respondeu aos gritos ansiosos que sucederam o anúncio. O One Direction saiu do palco ao final de "Best Song Ever", deixando a um grandioso show de fogos de artifício a tarefa de finalizar a noite pop na capital paulista.
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