Paul Tollett, também arquiteto do Coachella, contou à Rolling Stone EUA como ele idealizou o Desert Trip e juntou seis dos maiores nomes do rock em um único evento
Rolling Stone EUA Publicado em 11/05/2016, às 13h15 - Atualizado às 13h16
Assim que o sol se puser e o céu ficar roxo no Empire Polo Club, em Indio, Califórnia, no dia 7 de outubro, Bob Dylan subirá ao palco. Em seguida, será a vez dos Rolling Stones. Esse será o primeiro dia do histórico festival Desert Trip, que, ao longo de três dias, contará ainda com são Neil Young, Paul McCartney, The Who e o ex-vocalista e baixista do Pink Floyd, Roger Waters. Essa maratona de shows é resultado de quase um ano de encontros secretos e negociações cuidadosas feitas por Paul Tollett, diretor executivo da agência promotora de shows Goldenvoice. Os ingressos estão todos esgotados e as revendas na internet estão atingindo valores cada vez mais absurdos.
Nos últimos 17 anos, Tollett esteve à frente da organização do Coachella Music & Arts Festival – também sediado em Indio – que ficou famoso por ter realizado reuniões como a do Pixies, Rage Against the Machine e, recentemente, Guns N’ Roses. Quando Indio aprovou o pedido dele para sediar um festival em outubro, o diretor executivo quis se superar. “O tema escolhido foi bandas de rock que se apresentam consistentemente desde o início das coisas”, disse à Rolling Stone EUA.
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Dois anos atrás, Tollett fez uma pequena lista com seis artistas que ele gostaria de ver nesse festival. Em seguida, viajou para ver cada um deles tocar – e também para vender a eles a ideia que teve. “Se eu tivesse feito primeiro uma proposta financeira, com certeza teria sido rejeitado”, ele comentou. “Os Rolling Stones perguntaram o que eu estava tramando, e eu respondi: ‘Estou trabalhando em um dos maiores festivais de todos os tempos. Eu ainda não sei direito como vai ser, mas vocês terão notícias sobre isso.’”
O maior desafio de Tollett foi conseguir assinar com o primeiro dos nomes (que ele não conta qual foi). “Algumas deles me perguntavam o que eu ia fazer se não conseguisse os seis. E eu respondia: ‘Simples, o festival não vai acontecer’. Então eles viravam e diziam: ‘Tudo bem, isso parece ser interessante.’”
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O único artista com quem o CEO da Goldenvoice não chegou a se encontrar pessoalmente foi Dylan. “Eu moro relativamente perto dele, mas ele não é o tipo de cara com quem você esbarra por aí fazendo compras.” Foi divulgado que cada artista receberá até mais de US$ 7 milhões por apresentação. “Eles estão todos ganhando o que valem”, garante Tollett.
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Para o diretor executivo, o evento será o ponto alto de uma carreira que começou assim que ele largou a faculdade para promover apresentações de bandas da cena punk, no início dos anos 1980. Desde então, ele construiu um império com a Goldenvoice – o Coachella arrecadou cerca de US$ 84 milhões na edição mais recente. Durante uma parte do ano, Tollett mora em um casa que fica no local dos festivais. Lá, faz reuniões até tarde da noite com os funcionários que também vivem no local. “Eu tinha grandes sonhos no começo, mas nada chegava perto disso”, ele disse. “É difícil até de compreender.”
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