Cidades de Papel, O Diário de uma Adolescente e mais: alguns filmes "teen" excelentes acabaram caindo no esquecimento
Redação Publicado em 10/05/2020, às 17h00
Se há uma pessoa responsável por popularizar os filmes adolescentes (ou teen, como preferir), esse alguém é o diretor John Hughes. Seus sucessos de 1980, como Clube dos Cinco ou Gatinhas e Gatões, despertaram gradativamente a necessidade do público - em geral mais jovem - de reproduzir as famosas angústias da puberdade nas telinhas, também como forma de autoconhecimento.
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A década de 1990 nos trouxe vários filmes ambientados no ensino médio. No século 21, contudo, ainda tivemos vários (vários!) filmes adolescentes dignos de nota, como Meninas Malvadas e Superbad, mas alguns filmes excelentes caíram no esquecimento. Confira, abaixo, os 8 filmes adolescentes mais subestimados dos últimos 20 anos (via Screen Rant):
Após o sucesso de A Culpa é das Estrelas em 2014, poderíamos pensar que qualquer filme baseado nos best-sellers de John Green se tornaria automaticamente icônico. Embora Cidades de Papel tenha encontrado um público modesto, nunca atingiu o nível de seu antecessor.
De Curtindo a Vida Adoidado a American Pie e Superbad, os filmes sobre adolescentes selvagens tendem a ser comandados por homens. No entanto, a diretora de primeira viagem Olivia Wilde nos mostra que uma loucura na juventude é importante para as meninas tanto quanto para os meninos. Fora de Série certamente merecia uma audiência maior do que recebeu.
Com Amor, Simon foi o primeiro grande filme teen de Hollywood com um protagonista realmente “desajustado”. Simon Spier, interpretado por Nick Robinson, é um adolescente gay que busca descobrir a identidade de seu “crush” secreto. Embora o hype em torno do filme tenha sido positivo, ele não se tornou o clássico esperado. Mas, acima de tudo, ajudou a pavimentar o caminho para outros filmes LGBTQ+, e isso já é uma conquista satisfatória.
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A Mentira não é necessariamente baseado em A Letra Escarlate, apesar de Olive Penderghast, interpretada brilhantemente por Emma Stone, se declara uma Hester Prynne contemporânea. Lançado no início da década, o filme deu mais crédito à sexualidade feminina do que seus predecessores literários juvenis, e deveria ser mais valorizado.
Como muitos outros filmes, O Maravilhoso Agora honra a premissa de que “os opostos se atraem”. Sutter Keely, interpretado por Miles Teller, é um rapaz de gosta de festas e se apaixona pela solitária e tímida Aimee Finicky (Shailene Woodley). Mas o que faz o filme brilhar é a sensibilidade crua dos personagens, bem como a química entre eles. Não é apenas um dos melhores filmes adolescentes dos últimos 20 anos, mas um romance para todas as idades - e merece ser lembrado como tal.
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Os adolescentes costumam levar a culpa pelo que acontece, mas Bling Ring, de Sofia Coppola, aponta o dedo para a nossa própria sociedade obcecada pela fama. Baseado em fatos reais, o filme acompanha um bando de jovens que roubam as celebridades usando a rede mundial de computadores para saber quando atacar. Alguns críticos chamaram o filme de superficial, mas seu espetáculo social é um passeio divertido que mais pessoas deveriam dar.
Se há uma mescla de gêneros inesperada é o filme adolescente com o neo-noir, mas é isso que torna a Ponta de um Crime tão brilhante. Ele se concentra em Brendan Frye (Joseph Gordon-Levitt), um lobo solitário de coração partido que está determinado a encontrar o assassino de sua ex-namorada, Emily Kostich (Emilie de Ravin).
A Ponta de um Crime marcou a estreia de Rian Johnson, responsável pelo último filme de Star Wars, no posto de diretor. Agora, com tamanha popularidade, os espectadores podem olhar para sua filmografia e descobrir essa joia independente.
O Diário de uma Adolescente capta a descoberta sexualidade feminina como nenhum outro filme, apesar de ter sido um fracasso de bilheteria. Dirigido por Marielle Heller, ele foca na tímida - e artística - adolescente Minnie Goetze (Bel Powley), que quer perder a virgindade. Ela engata um caso com o namorado de sua mãe (Alexander Skarsgård). Curiosamente, o filme não retrata Minnie como uma vítima indefesa ou uma sedutora do tipo Lolita: ela é simplesmente uma pessoa complexa e com falhas tentando descobrir sua identidade no meio de pessoas complexas e com falhas.
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