Confira abaixo o faixa a faixa de Manchaca Vol.1 por Ynaiã Benthroldo, baterista da palpitante banda de rock psicodélico
Redação Publicado em 30/09/2020, às 14h04
Depois de lançarem o primeiro EP, As Plantas Que Curam (2013), entre os anos de 2016 e 2018, o Boogarins se dedicou à criação dos álbuns Lá Vem a Morte (OAR, 2017) e Sombrou Dúvida (OAR, 2019). Nesse meio tempo, festivais como o South by Southwest, no Texas, e o Primavera Sound, em Barcelona, tiveram a sintonia psicodélica do grupo em cima dos palcos.
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Após os lançamentos, mais shows, gravações, rascunhos, testes e colaborações. Desta vez, forçados pelo intervalo das atividades por causa da pandemia do coronavírus, sentiram que seria um momento interessante para compartilharem registros do que os fizeram chegar até aqui.
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Intitulado de Manchaca Vol. 1 (A Compilation of Boogarins Memories Dreams Demos And Outtakes From Austin, TX), o disco está disponível nas plataformas digitais e no Bandcamp e nos apresenta aos delírios, sonhos e certezas do grupo formado por Benke Ferraz (guitarra e produtor), Dinho Almeida (voz), Raphael Vaz (voz,baixo e sintetizadores) e Ynaiã Benthroldo (bateria).
Para entender ainda melhor sobre a linha do tempo das músicas, a convite da Rolling Stone Brasil, Ynaiã Benthroldo fez um Faixa a Faixa do disco. Veja abaixo:
Me lembro de ser uma das nossas primeiras tentativas de fazer músicas no estúdio. Meio que tudo partindo da guitarra e a melodia da voz do Dinho. Ele tem uma certa leveza e espacialidade que eu acho muito bacana. Vai indo por salas até chegar na varanda. Me parece esse o passeio imaginário que ela cria e é bem aconchegante, lembrando canções clássicas. Faz parte da leva das primeiras músicas que gravei com a banda em 2017.
Primeira versão de Sombra ou Dúvida que o Dinho fez. Versão bem caseira feita em fita cassete e que tem um beat bem gostoso no começo e depois parece um carrossel lunático. A voz com efeitos e a guitarra dando estilingadas sustenta a canção. Um final caótico/esférico e dançante dá um tom meio experimentalista para a música.
Acho que no meio de uma sessão chegamos nessa base. Tinha dias que experimentávamos e acabávamos fazendo coisas bacanas e outros dias não. Are you crazy Julian veio em um dia bom. Acho que fazia parte de outra música ou de uma ideia de canção que acabamos não fazendo letra e não usando no disco também. Mas tá ai uma bela gastação de onda.
Fefel trouxe a tona toda a malemolência juvenil do centro oeste brasileiro a tona. Acho uma linda canção como ela é: simples, cativante, cheia de movimentos sutis, porém super marcantes, fazendo da música uma obra completa.
Na hora que escutei essa música pela primeira vez me veio em mente as coisas no pantanal mato-grossense e até um pouco do aspecto sertanejo. Foi umas das primeiras que fizemos ainda em 2016 na casa na Manchaca rRoad 7811. Imaginávamos ela com a participação da Ava Rocha - que gravou a canção em no disco mais recente Trança (2018).
Esse registro é uma tentativa de reproduzir uma ideia que surgiu em um improviso (e graças esse improviso foi registrado) durante uma residência artística em um projeto bem bacana com a VOID, no Rio de Janeiro. Isso foi em 2017, o projeto se chamava Casa das Janelas Verde. Eu particularmente acho aquele o grande registro desse tema. Regravamos ele no Space em abril/maio de 2018.
Essa faz parte da minha primeira sessão de gravação com a banda em 2016. Lembro de ouvir pela primeira vez as canções e me deparar com a brasilidade indie 90’s nas músicas e adorei. Em "Espera fala de novo" quebramos a cabeça para criar uma movimentação. Fritamos a bateria no final, mas ela acabou não cabendo no LVAM.
Essa também faz parte das minhas primeiras criações com a banda. Nunca fizemos um registro em estúdio, mas sempre tocávamos ideias novas e “ensaiávamos” em alguns shows. Coisa de banda que não para, risos. Essa foi uma dessas músicas. Surgiu na estrada, ensaiamos na estrada e testamos na estrada. E o Hotel Vegas era o perfeito lugar para experimentarmos ideias e canções. Sempre estávamos em casa lá.
Adoro as criações do Raphael. Sempre fui fã do Luziluzia e sou fã dele no Boogarins também. Super indico o #Fefel2020.
Essa canção entrou no disco da Céu, o ApKá de 2019. Essa versão do Dinho é maravilhosa. Simples e muito impactante. Se não me engano essa música surge de exercícios de composição em inglês e acaba não tempo muito espaço nos materiais que elaboramos até o momento em questão. Foi ótimo revirar o baú e achar essa pérola, né?
Uma daquelas nossas sessões de improvisos. Esse aí também é de 2016, primeiras gravações já na banda. Essa sessão deve ter uns 40 minutos e tem vários trechos legais.
O Dinho que nos apresentou essa. Gravamos na sessão de 2019, se não me engano, no Space. Acho que tentamos em algum momento fugir dela, fugir das ideias iniciais que a própria música carregava e criar uma áurea caótica e conflituosa. Lembro que o Dinho brincava comigo que ela tinha que ter o momento “Gospel Shops”. Essa piada rolou em várias músicas no estúdio.
Essa é do fundo do baú, da leva dos LVCO. Canção de tempos do Luziluzia, onde a galera tocava alto com força e tentavam quebrar barreiras inexistentes.
Ouça o disco aqui:
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