Ator que já interpretou Nixon, Hitchcock, Odin e Hannibal Lecter está concorrendo na categoria de Melhor Ator no Oscar 2021 com Meu Pai
Itaici Brunetti Publicado em 20/04/2021, às 17h18
Seria Anthony Hopkins o maior ator em atividade? Muito Provável. E o Oscar 2021, realizado no próximo domingo, 25, poderá responder isso, pois o galês de 83 anos está concorrendo na categoria de Melhor Ator com Meu Pai.
No filme britânico e francês, o personagem de Anthony Hopkins vive sozinho em Londres e rejeita todos os cuidadores contratados pela filha, Anne (Olivia Colman). Tudo começa a mudar quando ela anuncia que irá morar em Paris com um namorado e situações estranhas passam a acontecer.
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Com quase 60 anos de carreira e atuando em mais de 100 produções, incluindo um prêmio Oscar, um Globo de Ouro e dois Emmys no currículo, Anthony Hopkins tem uma das carreiras mais completas, extensas e invejadas do cinema.
Na tela, já interpretou praticamente todos os tipos de personagens; desde o médico de O Homem Elefante ao ex-presidente dos EUA, Richard Nixon; do cineasta Alfred Hitchcock ao editor de Charles Chaplin; do caçador de vampiros Van Helsing a Odin, pai de Thor; do papa Bento 16 ao serial killer Hannibal Lecter. A lista é imensa.
Para relembrar a carreira de Anthony Hopkins - ou conhecê-la, caso ainda não a conheça, listamos seis filmes que marcam sua obra na sétima arte, entre títulos óbvios e outros nem tanto. Confira:
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O Dr. Hannibal Lecter é, sem sombra de dúvida, o grande papel de Anthony Hopkins. Em O Silêncio dos Inocentes, o ator fincou de vez o nome em Hollywood ao dar vida ao famoso médico canibal, um dos personagens mais interessantes da sétima arte.
Merecidamente, o filme recebeu sete indicações ao Oscar de 1992 e venceu cinco, sendo que uma das estatuetas foi direto para as mãos de Hopkins ao levar a melhor na categoria de Melhor Ator. Em 2001, reviveu o psicótico personagem em Hannibal, e depois em Dragão Vermelho (2002).
Neste novelão épico e emocionante em forma de filme, Anthony Hopkins entrega uma grande atuação no papel do Coronel William Ludlow ao criar três filhos no período da 2ª Guerra Mundial. A cena em que o personagem de Brad Pitt retorna para casa e reencontra o pai (Hopkins) após um derrame rouba lágrimas de qualquer um.
Dirigido por Oliver Stone, Nixon retrata a vida do ex-presidente dos Estados Unidos com uma narrativa não-linear e dando ênfase ao período final de sua gestão, abalada pelo escândalo Watergate.
A atuação de Anthony Hopkins como Richard Nixon rendeu-lhe ótimos elogios da crítica especializada e do público. O New York Times enalteceu o desempenho do ator e "a visão aguçada de seu personagem e linguagem corporal rígida e encorpada com incrível habilidade."
Anthony Hopkins também se rendeu aos filmes da Marvel interpretando Odin, Rei de Asgard, o lar dos deuses nórdicos, e pai de Thor [Chris Hemsworth], o Deus do Trovão. De tapa olho e armadura dourada, o ator esteve em Thor (2011), Thor: O Mundo Sombrio (2013) e Thor: Ragnarok (2017), mostrando que boas atuações combinam com filmes de super-heróis.
Para viver o mestre do terror no cinema, Anthony Hopkins recebeu uma boa ajuda de maquiagem e encorporou Alfred Hitchcock com maestria. O longa foca na relação entre o diretor e sua esposa, Alma Reville [Hellen Mirren], durante as filmagens do clássico Psicose.
Anthony Hopkins já foi um serial killer e também já foi um papa. Em Dois Papas, o ator encarna o papa Bento 16 em seus encontros com o futuro papa Francisco [Jonathan Pryce]. O papel quase lhe rendeu um segundo Oscar. Em 2020, foi indicado na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, mas não levou.
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Apesar de ter vivido apenas 28 anos, Heathcliff Ledger (mais conhecido por Heath) marcou o cinema com papéis como Patrick Verona em 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999) e Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008).
Heath nasceu em Perth, Austrália, em 4 de abril de 1979. Neste domingo, completaria 42 anos. Confira sete curiosidades sobre o ator: da origem de nome a quem era o melhor amigo.
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Nome
O nome do ator, Heathcliff, foi inspirado em um personagem de O Morro dos Ventos Uivantes (1847), de Emily Brontë, livro preferido da mãe dele, Sally Ledger. Do mesmo romance, Sally tirou o nome de outra filha, Katherine.
Primeiras experiências
Heath estudou na Guildford Grammar School, escola só para meninos, onde teve a primeira experiência como ator. Aos 10 anos, participou de uma montagem da peça Peter Pan.
Como ator profissional, um dos primeiros papéis da carreira foi em Home And Away (1988), espécie de novela teen a qual lançou várias estrelas australianas. Interpretou Scott por apenas 10 episódios e, apesar de ter feito muito sucesso, recusou propostas dos produtores para continuar.
Inspiração
Durante os anos de escola militar, Heath coreografou e dirigiu um grupo de 60 colegas para uma competição. Foi a primeira equipe masculina a disputar, e saíram vitoriosos. O ator comparou a apresentação ao estilo de Gene Kelly, de Cantando na Chuva (1952) e revelou como o dançarino era seu maior ídolo no cinema.
Xadrez
Heath era um adorador de xadrez e jogava desde pequeno. Aos 10 anos, ganhou o campeonato júnior da Austrália Ocidental. Quando adulto, continuou o hábito e jogava frequentemente no Washington Square Park em Nova York (EUA).
Gambito da Rainha
A partir do amor pelo xadrez, em 2008, anunciou planos de iniciar filmagens da adaptação do livro O Gambito da Rainha (1983). Teria sido a estreia de Heath como diretor de cinema. 12 anos depois, o romance foi adaptado para uma produção da Netflix e foi a série mais assistida de 2020, segundo JustWatch.
Jake Gyllenhaal
Colegas de elenco em O Segredo de Brokeback Mountain (2005), Heath e Jake Gyllenhaal se tornaram grandes amigos. O ator é, inclusive, padrinho da única filha de Ledger, Matilda.
Coringa
O vilão de O Cavaleiro das Trevas (2008) foi o papel de maior reconhecimento de Heath. Com ele, ganhou o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante em 2009. Nas filmagens, projetou sozinho a composição do personagem. Segundo Heath, se Coringa fosse real, faria a própria caracterização.
Foi à farmácia, comprou maquiagem e aplicou-a sozinho. Depois, a equipe de maquiagem apenas replicava o visual criado por ele.
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