- O Homem Que Vendeu Sua Pele (Foto: Reprodução)

Oscar 2021: 6 motivos para assistir O Homem Que Vendeu Sua Pele, indicado a Melhor Filme Estrangeiro

Primeiro filme da Tunísia a concorrer nesta categoria da premiação discorre sobre refugiados, identidade e arte, além de fazer uma crítica ao elitismo artístico

Redação Publicado em 23/04/2021, às 18h18

O Homem Que Vendeu Sua Pele (2020) é um dos filmes que concorre em Melhor Filme Estrangeiro no Oscar  2021. O longa-metragem é a primeira produção cinematográfica da Tunísia a ser indicado a esta categoria da premiação.

No filme, acompanhamos Ali (Yahya Mahayni), um jovem e impulsivo sírio que deixou o país e foi para o Líbano para sair da guerra. Com sonho de viajar à Europa para viver ao lado do amor da vida dele, aceita ser tatuado por um dos artistas mais cultuados do mundo. A contemporânea arte nas costas de Ali se torna uma grande obra prestigiada. 

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De um nível artístico absolutamente fantástico, O Homem Que Vendeu Sua Pele é um filme que vale a pena conhecer. Com uma narrativa interessante, debates importantes, reflexões necessárias e uma combinação espetacular de elementos, é uma produção magnífica e fascinante. 

Para entrar no clima do Oscar 2021, que acontece neste domingo, 25 de abril, listamos 6 motivos para assistir O Homem Que Vendeu Sua Pele, filme tunisiano indicado em Melhor Filme Estrangeiro:

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Trilha Sonora

Uma belíssima e encantadora trilha sonora acompanha as principais cenas ao longo do filme. Com arranjos complexos e instrumentais sensíveis, as canções compõem as diversas situações em um encaixe completamente delineado e significativo.


Linguagem Corporal

Um dos destaques de O Homem Que Vendeu Sua Pele é a complexidade e detalhes acerca da linguagem corporal. Os posicionamentos, comportamentos e posturas, principalmente do protagonista Ali, passam mensagens e dialogam diretamente com a narrativa falada. 

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Desempenho de Yahya Mahayni

Yahya Mahayni conduz a narrativa ao longo de todo o filme - e o ator leva o público em um mergulho interior e profundo da vida do personagem Ali. É aquele estilo de atuação que comove, conecta e transborda emoções. 


Elementos e composição artística

Toda a composição artística visual é muito poética. As cenas combinam minuciosamente os elementos como linguagem corporal, trilha sonora, figurino, fotografia, efeitos visuais, etc. - e todos estão fantasticamente conectados.  

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Crítica cirúrgica ao elitismo da arte

O filme traz uma cirúrgica crítica ao elitismo do mundo artístico. Há uma sátira acerca dos círculos da arte elitista e manipuladora, e uma discussão sobre a apatia desumanizante das pessoas em relação à figura do refugiado. 


Reflexões sobre liberdade

O Homem Que Vendeu Sua Pele traz diversas reflexões críticas sobre cultura, política, sociedade, ética, arte, e principalmente sobre o significado de liberdade. Ao refletir sobre a temática da marginalização dos refugiados da guerra civil na Síria, o filme debate sobre urgentes e importantes questões sobre o que é ser livre na contemporaneidade. 

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Quo Vadis, Aida? é um filme da Bósnia-Hezergovina indicado ao Oscar 2021 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Aclamado pela crítica, o longa acompanha os esforços da tradutora da ONU Aida (Jasna Đuričić) na pequena cidade de Srebrenica durante a Guerra da Bósnia em 1995.

O filme histórico narra e reflete sobre o massacre de 8 mil cidadãos muçulmanos em 1995 na Bósnia. O drama se desenvolve a partir da dedicação intensa da protagonista Aida em proteger a família e a comunidade após a cidade ser invadida. 

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Não é à toa que o longa-metragem escrito e dirigido por Jasmila Žbanić chegou ao Oscar 2021. Com uma história forte e potente, um desempenho encantador da atriz Jasna Đuričić e uma fotografia espetacular, Quo Vadis, Aida? soma 100% de aprovação no Rotten Tomatoes.  

Para aqueles que ainda não conhecem o intenso, profundo e complexo filme, listamos 6 motivos para assistir Quo Vadis, Aida?. No Brasil, o longa está disponível para aluguel nas plataformas de streaming Now, Vivo Play, Sky Play, iTunes, Apple TV, Google Play e YouTube.

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Desempenho espetacular de Jasna Đuričić

Jasna Đuričić tem um desempenho espetacular como Aida. A atriz mostra as peculiaridades, singularidades, força, imperfeições e angústias da tradutora da ONU com muita profundidade, sentimentalidade e complexidade. 

Aida é o ponto central da narrativa - a personagem é necessária para que a história da pequena cidade Srebrenica durante a Guerra da Bósnia em 1995 se desenvolva, e consegue cumprir o papel da tradutora com uma intensidade magnífica. 

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Intensidade complexa

Com muita complexidade e profundidade, a narrativa angustiante, realista e imparcial de Quo Vadis, Aida? dá um tom desesperador à história de Aida e da pequena comunidade de Srebrenica.

Não é um filme fácil de assistir, é desesperador e devastador, que deixa o telespectador completamente esgotado, exausto e horrorizado. No entanto, exatamente por este motivo, o longa se torna completamente necessário e admirável.

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Fotografia

Com imagens cinematográficas que soam como cenas documentais devido à incrível elaboração, a fotografia de Quo Vadis, Aida? é um dos principais acertos do filme. Em diversos momentos da narrativa, as composições visuais são incrivelmente artísticas. 

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História

A história começa em julho de 1995 em Srebrenica, no leste da Bósnia, após a invasão militar na cidade. Sem voltas desnecessárias na narrativa, acompanhamos a guerra, que já dura três anos, e Aida é nosso guia para os horrores que aconteceram e acontecerão na cidade dela. 

Com excelência, Quo Vadis, Aida?  apresenta uma história necessária e urgente, que combinada aos elementos da narrativa, expõe o terror, o desespero e angústia da realidade de diversas famílias da Bósnia naquela época.

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Sensibilidade

A partir da história íntima e familiar guiada por Aida e para além do desespero e angústia da Guerra, o filme traz momentos emocionantes de sensibilidade e humanização, em geral, protagonizados pela tradutora da ONU.

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Roteiro potente

Com o ótimo desempenho dos atores combinados aos diversos elementos como trilha sonora e fotografia, Quo Vadis, Aida? se desenrola lentamente e os eventos do filme acontecem gradualmente.

Isso ocorre, porém, devido ao potente roteiro que busca causar reflexão nos telespectadores ao longo de todo o filme. Como comentamos, não é uma produção fácil de ser digerida e faz com que o público pense constantemente - e, tudo de maneira intensa, complexa e aprofundada.

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