Netflix, Amazon Prime Video e Disney+ estiveram entre os premiados
Redação Publicado em 26/04/2021, às 13h36
Neste domingo, 25, aconteceu a aguardada cerimônia do Oscar 2021. Em uma noite significativa para a história do cinema, as plataformas de streaming foram reconhecidas pela qualidade das produções e tiveram recorde de vitórias na premiação.
Em 2020, devido às salas de cinemas fechadas ao longo do ano por conta da pandemia, os longas, curtas e documentários originais dos streamings foram ainda mais reconhecidos pelo público, crítica, mídia especializada - e, agora, pela Academia. Na edição deste ano, Netflix, Amazon Prime Video e Disney+ somavam 53 indicações.
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Também devido à pandemia de coronavírus, grandes produções cinematográficas foram adiadas. Por esta razão, filmes lançados exclusivamente no streaming puderam concorrer na edição de 2021 sem exibição obrigatória no cinema - embora seja uma decisão temporária.
Na noite da cerimônia, a Netflix conquistou sete prêmios por cinco filmes originais, com destaque para Mank. Além disso, levou a categoria de Melhor Documentário pelo segundo ano consecutivo, como pontua o Pipoca Moderna.
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Já o Amazon Prime Video ganhou dois prêmios com O Som do Silêncio. Vale lembrar também que o Hulu foi o responsável pela distribuição de Nomadland nos Estados Unidos, em paralelo ao circuito cinematográfico - o filme foi o principal destaque da noite do Oscar e levou a categoria de Melhor Filme.
Disney+ e HBO Max também marcaram presença com Soul e Judas e o Messias Negro - apesar de serem filmes pensados para a distribuição nos cinemas e com o último disponibilizado simultaneamente nas salas de cinema.
Pode não ser um grande sucesso se pensar que de 40 indicações, a Netflix só tenha levado 7 estatuetas, ou as apenas 16 vitórias de todos os streamings. No entanto, o número é o recorde das plataformas na premiação.
Ainda é cedo para afirmar se foi um ano excepcional devido à pandemia, ou se é o começo de uma entrada significativa dos streamings para a história da Academia. Contudo, é inegável que o Oscar 2021 tenha reconhecido a qualidade das produções originais das plataformas.
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Quo Vadis, Aida? é um filme da Bósnia-Hezergovina indicado ao Oscar 2021 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Aclamado pela crítica, o longa acompanha os esforços da tradutora da ONU Aida (Jasna Đuričić) na pequena cidade de Srebrenica durante a Guerra da Bósnia em 1995.
O filme histórico narra e reflete sobre o massacre de 8 mil cidadãos muçulmanos em 1995 na Bósnia. O drama se desenvolve a partir da dedicação intensa da protagonista Aida em proteger a família e a comunidade após a cidade ser invadida.
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Não é à toa que o longa-metragem escrito e dirigido por Jasmila Žbanić chegou ao Oscar 2021. Com uma história forte e potente, um desempenho encantador da atriz Jasna Đuričić e uma fotografia espetacular, Quo Vadis, Aida? soma 100% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Para aqueles que ainda não conhecem o intenso, profundo e complexo filme, listamos 6 motivos para assistir Quo Vadis, Aida?. No Brasil, o longa está disponível para aluguel nas plataformas de streaming Now, Vivo Play, Sky Play, iTunes, Apple TV, Google Play e YouTube.
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Desempenho espetacular de Jasna Đuričić
Jasna Đuričić tem um desempenho espetacular como Aida. A atriz mostra as peculiaridades, singularidades, força, imperfeições e angústias da tradutora da ONU com muita profundidade, sentimentalidade e complexidade.
Aida é o ponto central da narrativa - a personagem é necessária para que a história da pequena cidade Srebrenica durante a Guerra da Bósnia em 1995 se desenvolva, e consegue cumprir o papel da tradutora com uma intensidade magnífica.
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Intensidade complexa
Com muita complexidade e profundidade, a narrativa angustiante, realista e imparcial de Quo Vadis, Aida? dá um tom desesperador à história de Aida e da pequena comunidade de Srebrenica.
Não é um filme fácil de assistir, é desesperador e devastador, que deixa o telespectador completamente esgotado, exausto e horrorizado. No entanto, exatamente por este motivo, o longa se torna completamente necessário e admirável.
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Fotografia
Com imagens cinematográficas que soam como cenas documentais devido à incrível elaboração, a fotografia de Quo Vadis, Aida? é um dos principais acertos do filme. Em diversos momentos da narrativa, as composições visuais são incrivelmente artísticas.
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História
A história começa em julho de 1995 em Srebrenica, no leste da Bósnia, após a invasão militar na cidade. Sem voltas desnecessárias na narrativa, acompanhamos a guerra, que já dura três anos, e Aida é nosso guia para os horrores que aconteceram e acontecerão na cidade dela.
Com excelência, Quo Vadis, Aida? apresenta uma história necessária e urgente, que combinada aos elementos da narrativa, expõe o terror, o desespero e angústia da realidade de diversas famílias da Bósnia naquela época.
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Sensibilidade
A partir da história íntima e familiar guiada por Aida e para além do desespero e angústia da Guerra, o filme traz momentos emocionantes de sensibilidade e humanização, em geral, protagonizados pela tradutora da ONU.
Roteiro potente
Com o ótimo desempenho dos atores combinados aos diversos elementos como trilha sonora e fotografia, Quo Vadis, Aida? se desenrola lentamente e os eventos do filme acontecem gradualmente.
Isso ocorre, porém, devido ao potente roteiro que busca causar reflexão nos telespectadores ao longo de todo o filme. Como comentamos, não é uma produção fácil de ser digerida e faz com que o público pense constantemente - e, tudo de maneira intensa, complexa e aprofundada.
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