A música é uma combinação entre a harmonização da integridade comercial e poética
Redação Publicado em 30/03/2020, às 18h17
Os Beatles alcançaram uma fama imensurável, principalmente porque seguiam a ideia de querer se expressar como artistas e não necessariamente mirar em paradas ou tornar-se uma banda grandiosa comercialmente, isso seria consequência. O caso de “Help!”, contudo, foi o contrário - já que a música foi pensada para ser comercial, como relembrou a Far Out Magazine.
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Ao incluir “Help!” entre as favoritas dos Beatles, em uma entrevista em 1970, John Lennon disse: "Porque eu quis dizer isso, é real. A letra é tão boa agora como era, não é diferente, você sabe. Faz-me sentir seguro saber que eu era tão sensível ou o que quer que fosse - bem, não sensível, mas consciente de mim mesmo. Isso é sem ácido, sem nada... Na verdade, maconha ou o que for. Era só eu cantando. Fizemos essa música muito rápido para ser comercial."
Mais tarde, Lennon contou em uma entrevista à Playboy: "A coisa toda dos Beatles estava além da compreensão. Eu estava subconscientemente clamando por ajuda.". Este é o ponto cujo reside a beleza da música, na harmonização da integridade comercial e poética. A necessidade de vender bem significava que o grupo precisava revisar as harmonias.
Não apenas existem harmonias bastante suntuosas entre Paul McCartney e George Harrison, mas talvez mais pertinentemente, a justaposição entre as vozes deles e as de John Lennon - que, para eles, precisava soar como um encaixe perfeito - e, assim, aconteceu.
“Help!” alcançou o topo das paradas por três semanas, mas durante este tempo, a maior parte do público desconhecia que a música número um no país era uma faixa pensada para estar em primeiro lugar.
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Ouça as harmonias vocais em "Help!":
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