Pesquisa do Datafolha também indicou que 50% dos brasileiros nunca confiam nas declarações do presidente
Redação Publicado em 17/05/2021, às 10h33
Pesquisa do Datafolha indicou novas avaliações sobre Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o levantamento divulgado pela Folha de S. Paulo, 58% dos entrevistados acreditam que o presidente não tem capacidade de liderar o país. Para 38%, o chefe do Executivo é capaz, e 4% disseram não saber responder.
É o maior percentual dos que julgam Bolsonaro incapaz desde quando o Datafolha começou a fazer a pergunta em abril de 2020. Na última pesquisa, realizada em março, 56% acreditavam que o presidente não tem capacidade de liderar o Brasil; 42% co consideravam capaz; e 3% não souberam responder.
+++LEIA MAIS: Bolsonaro é segundo presidente com maior rejeição - fica atrás apenas de Collor
Além de questionar os entrevistados sobre a capacidade de liderar o país, a pesquisa perguntou se os entrevistados confiam nas declarações de Bolsonaro. 50% responderam que "nunca confiam", 34% falaram “às vezes”, 14% "sempre" e 1% disseram não saber.
Os números também diferiram aos resultados da última pesquisa, realizada em março de 2021. Anteriormente, 45% dos brasileiros disseram que nunca confiam nas declarações do presidente.
+++LEIA MAIS: Apenas Lula venceria Bolsonaro em segundo turno
Conforme divulgado pelo G1, 2.071 responderam à pesquisa em 146 municípios e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
+++ SUPLA: 'NA ARTE A GENTE TEM QUE SER ESPONTÂNEO' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL
Nesta quarta, 5 de maio, Jair Bolsonaro (sem partido) comentou sobre a CPI da Covid, que investiga a atuação do governo federal durante a pandemia. Durante declaração, o presidente chamou de “canalha” quem não concorda com o tratamento precoce contra a doença e não "apresenta alternativa". As informações são do G1.
Um dos pontos de investigação da CPI da Covid é a promoção governamental de medidas sem eficácia comprovada contra a doença, como o tratamento precoce. Bolsonaro é um dos defensores do uso desses medicamentos, como hidroxicloroquina, e afirma que se curou da Covid-19 graças ao remédio.
+++LEIA MAIS: Bolsonaro lamenta morte de Paulo Gustavo e 'todos vitimados nessa luta contra Covid'
No Palácio do Planalto nesta quarta, 5, Bolsonaro disse: "Canalha é aquele que é contra o tratamento precoce e não apresenta alternativa. Esse é um canalha. O que eu tomei [para tratar a Covid], todo mundo sabe. Ouso dizer que milhões de pessoas fizeram esse tratamento. Por que é contra?"
Segundo o G1, o presidente também disse esperar que a investigação da CPI também seja feita em relação ao resultado do uso de hidroxicloroquina em Manaus no início de 2021: "Espero que a experiência de Manaus com doses cavalares de hidroxicloroquina seja completamente desnudada pelos senadores. Por que não se investe em remédio? Por que é barato demais? É lucrativo para empresas farmacêuticas ou para laboratórios investir no que é caro? Nós conhecemos isso."
Durante o discurso, Bolsonaro sugeriu aos senadores integrantes da CPI que ouçam profissionais defensores do tratamento precoce: "Essa CPI, eu tenho certeza, parlamentares, senadores, em especial, vai ser excepcional no final da linha. Que vai mostrar sim o que alguns fizeram erradamente com os bilhões entregues pelo governo para os seus respectivos estados e municípios. Junto àqueles que são isentos e apoiam a verdade, senadores, estamos sugerindo que seja convocado ou convidado autoridades que venham falar do tratamento precoce."
Além de não prevenir contra a Covid-19, o chamado tratamento precoce pode ter diversos efeitos colaterais. Muitas vezes, os medicamentos são usados em altas dosagens e sem acompanhamento médico, o que pode causar hemorragias, doenças no fígado e insuficiência renal.
+++LEIA MAIS: Há um ano, Brasil batia 5 mil mortos e Bolsonaro dizia: 'E daí?' - agora são 400 mil
Também chamado de “kit-covid”, o tratamento com remédios sem eficácia pode ter diversas complicações no organismo, além de atrasar a busca por atendimento após o diagnóstico de Covid-19.
Em entrevista ao Estadão, o médico Valmir Crestani Filho explicou: “Em um dos últimos plantões, atendi um paciente que estava tomando cloroquina e usando oxigênio em casa. Ele chegou azul. Tive de intubar na hora.”
+++LEIA MAIS: Bolsonaro comenta sobre 400 mil mortes por Covid-19: ‘Chegou a um número enorme’
Além de defender o tratamento precoce, Bolsonaro também insinuou que o vírus foi criado em “laboratório.” Sem mencionar a China, o presidente questionou se a pandemia seria, de fato, uma “guerra química”.
"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês," disse.
A hipótese já foi descartada pela OMS, conforme noticiado pelo G1. A organização realizou um estudo que indicou ser "extremamente improvável" que o vírus tenha sido criado devido a um incidente em laboratório.
Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos
Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro
Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres
Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada
Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover
Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições