Ex-Sonic Youth falou novamente sobre a cantora pop, explicando as críticas anteriores e comentando a sonoridade dela
Redação Publicado em 21/10/2015, às 18h32 - Atualizado em 22/02/2016, às 13h35
A ex-baixista e vocalista do Sonic Youth, Kim Gordon, voltou a falar da cantora Lana Del Rey à imprensa. Desta vez, ela explicou melhor as declarações antigas de que Lana “não sabe nada de feminismo”, e falou também sobre a música feita pela conterrânea. “É tão convencional”, disse Kim. “Por isso é popular, porque apela para bases genéricas.”
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A “discussão” teve início quando um trecho da recente autobiografia de Kim Gordon – A Garota da Banda (2015) – foi divulgado. No texto, ela criticava algumas declarações de Lana Del Rey, como quando ela disse que não era “interessada em feminismo”. “Minha ideia de uma verdadeira feminista é uma mulher que se sinta livre o bastante para fazer o que quiser”, disse.
A ex-integrante do Sonic Youth escreveu: “Hoje temos pessoas como Lana Del Rey, que nem sabem o que é feminismo, que acreditam que as mulheres podem fazer tudo o que quiserem, o que, em seu mundo, é flertar com a autodestruição, seja dormindo com homens mais velhos nojentos ou sendo estuprada por um grupo de motociclistas.”
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“Seria bacana receber pagamento e tratamento iguais”, acrescentou Kim, no mesmo trecho da autobiografia divulgado. “Naturalmente é só uma pessoa, se ela realmente acredita que é bonito quando jovens músicos entram em uma espiral de drogas e depressão, por que ela não se liberta dela mesma?”
Agora, em entrevista ao podcast do escritor Bret Easton Ellis, Kim Gordon explicou melhor o que havia dito. “Inicialmente, tinha a ver com ver algo no papel – ops, online, continuo dizendo papel – sobre roqueiros e estrelas do rock gostarem de se matar com drogas, e [a filha de Kurt Cobain] Frances Bean reagiu àquilo, e me senti estranhamente protetora a Frances.”
Na ocasião, Frances Bean Cobain, filha de Kurt, falou sobre os polêmicos comentários de Lana Del Rey, que afirmou “querer estar morta”. “Eu nunca conhecerei meu pai porque ele morreu jovem, e isso se torna uma coisa desejável porque pessoas como você acham que é ‘legal’”, disse Frances Bean. “Bem, não é. Abrace a vida, porque você só tem uma.”
“Comecei a pensar sobre, bem, obviamente, Frances”, acrescentou Kim na entrevista recente a Bret Easton Ellis. “Será que Frances realmente pensa que é ela falando? É uma persona. Ela estava dizendo por dizer aquilo. Então, eu basciamente estava tentando mostrar que era uma persona e meio exageradamente disse o que disse, meio que brincando com aquilo.”
Ela ainda seguiu: “Talvez eu pudesse ter articulado a coisa toda bem melhor. Na realidade, eu só assisti a um vídeo que mostrava ela saindo por aí com um desses caras, motociclistas, mais velhos. E então pensei que se a música fosse mais interessante, talvez eu gostasse. Mas é tão convencional. E por isso é popular, porque apela para bases genéricas.”
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