“A maioria das pessoas nunca foi confrontada com evidências dos atos de pedofilia dele – até agora”, contou Dan Reed em entrevista
Redação Publicado em 28/02/2019, às 18h33
Já faz tempo que o documentário Leaving Neverland, dirigido por Dan Reed, vem causando polêmica não apenas com a família de Michael Jackson, mas com os fãs do cantor ao redor do mundo.
A maioria já deve estar familiarizada com a proposta do filme: contar a história de dois homens que finalmente decidiram quebrar o silêncio e contar em frente às câmeras suas respectivas experiências com o popstar. Os dois alegam que, durante a infância, foram sexualmente abusados por Jackson.
O filme também chocou as pessoas por ser muito explícito, e em conversa com o site NME, o documentarista explica que isso era necessário: “Ele tornou normal esse contato físico muito próximo com crianças. E tentamos esclarecer que isso não era apenas proximidade a um garoto inocente. Era realmente uma atividade sexual, e por isso colocamos essas descrições gráficas e brutais no filme.”
Reed também afirma que não acha possível alguém assistir ao documentário e continuar acreditando na inocência do músico. “Não é apenas ouvir a história desses caras, é ver também o impacto que tudo isso teve em suas mães, esposas, irmãs e irmãos. Cada uma das famílias ficou devastada quando descobriu o que realmente aconteceu. Após quatro horas, acho difícil que alguém consiga ignorar esse tanto de emoção presente nas entrevistas”, conta.
Ele diz também que o filme é uma análise sobre os supostos crimes cometidos pelo cantor, e não tem como objetivo “especular sobre o motivo pelo qual Michael se comportou dessa forma”.
Ao longo da conversa, o cineasta acusa os responsáveis pelo legado de Jackson de comprarem o silêncio de várias pessoas que já deram indícios de quererem se pronunciar, e admite também que, desde o primeiro momento em que o filme foi revelado, tem recebido ameaças de fãs do músico.
“Michael Jackson tinha poder e dinheiro ilimitaids. Ele usou disso o tempo todo. E no caso de James e Wade [vítimas que são foco do filme], ele usou disso para garantir que os abusos sexuais durariam por vários anos. E acho que da mesma forma, ele explorou vários outros meninos durante sua carreira de pedófilo”, acrescenta.
“A maioria das pessoas nunca foi confrontada com evidências dos atos de pedofilia dele – até agora”.
Leaving Neverland será exibido em duas partes pelo canal HBO nos dias 3 e 4 de março. Assista ao trailer abaixo.
Alfa Anderson, vocalista principal do Chic, morre aos 78 anos
Blake Lively se pronuncia sobre acusação de assédio contra Justin Baldoni
Luigi Mangione enfrenta acusações federais de assassinato e perseguição
Prince e The Clash receberão o Grammy pelo conjunto da obra na edição de 2025
Música de Robbie Williams é desqualificada do Oscar por supostas semelhanças com outras canções
Detonautas divulga agenda de shows de 2025; veja