Takai e seus seguidores: a maior lotação do Rec Beat - Costa Neto/Divulgação

Pato Fu lota o Rec Beat

Última noite do festival de música independente tem show de hits

Carolina Requena, enviada ao Recife* Publicado em 06/02/2008, às 19h18 - Atualizado em 11/02/2008, às 19h15

Se Devotos fez um show apoteótico em casa, Móveis Coloniais de Acaju se firmou como potência entre as bandas independentes brasileiras e a chilena Panico agradou pelo rock inventivo, ao Pato Fu coube lotar a "casa". Nesta terça-feira, 5, última rodada de Rec Beat, a avenida Cais da Alfândega alcançou sua maior lotação - e maior volume de coro - entre as bandas que fecharam as noites da 13ª edição do festival, desde o sábado.

A feliz e contente Fernanda Takai pilotou um show de hits, com direito a "Perdendo Dentes", "Eu", "Ando Meio Desligado", "Sobre o Tempo", "Canção Para Viver Mais" e "Depois", intermediadas pelo "momento descarrego", nas palavras dela, quando vestiu orelhinhas de diabo e urrou "Capetão" colada a "Made in Japan".

Além do show dos mineiros, mereceu destaque na noite a apresentação do trio senegalês Les Freres Guissé, de dois violonistas e um percussionista apaixonado por seus tambores. O show começou pelas 20h30 e a levada a violões e batuque, além da cadente pronúncia africana ("Mandelá", "Africá"), atraiu centenas de pessoas à beira do Capibaribe, num dos momentos mais harmoniosos da maratona que começou no sábado.

Igualmente harmoniosos, porém dissonantes - o que não é defeito em ambiente de festival - foram os argentinos da Orquesta Tipica Fernandez Fierro. Apesar de não oeferecer dança aos dissidentes da folia da esquina ao lado - o que também não é defeito -, os tangueiros executaram com competência seus violinos e acordeões, e foi pena não dar para ouvir bem o piano de cauda montado no palco. A rua aplaudiu.

Os brasilienses do Lucy and The Popsonics trouxeram de volta a diversão, investindo até em uma versão leve de "Refuse/Resist". E a nota baixa da noite - e do festival - vai para os mineiros do Porcas Borboletas, que trouxeram ao Recife um rock velho, performance (mal-)calculada e letras insosas. Também não acrescentou à exposição indie a pernambucana Bande Ciné, cuja música é um esforço de recriação da música francesa dos anos 40.

A cobertura completa do Rec Beat você lê abaixo.

*Viagem a convite da Prefeitura do Recife

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