Patrick Stewart revela o que o fez deixar o set de Star Trek: A Nova Geração

Um dos atores mais consagrados do Reino Unido — e do mundo — Patrick Stewart tem diversos sucessos no currículo, um deles é Star TreK: A Nova Geração (1987), onde interpretava o famoso Jean-Luc Picard. O começo dessa aventura, no entanto, foi bem difícil para o ator, segundo ele conta em sua nova autobiografia Making it So (2023). 

Antes de se abrir sobre o momento máximo de frustração, Stewart conta que estava nervoso por interpretar o capitão na série, mas que apesar do sentimento, queria levar o projeto a sério. Havia quem dissesse que a produção seria um fracasso, mas ele queria provar o contrário.

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Durante as gravações da primeira temporada, a postura de alguns colegas de elenco deixaram o ator bastante irritado. Jonathan Frakes, Denise Crosby e Brent Spiner se divertiam com os erros de gravação, contando piadas ou rindo quando não acertavam as falas, o que tirou o Stewart dom sério. 

“Eu poderia ser um bastardo severo”, escreve ele em trecho revelado pelo Hollywood Reporter. “Minhas experiências na Royal Shakespeare Company e no National Theatre foram intensas e sérias… No set de Star Trek, fiquei irritado com a conduta dos meus colegas, e foi aí que convoquei aquela reunião em que dei um sermão no elenco por brincar e respondeu ao comentário de Denise Crosby, 'Temos que nos divertir às vezes, Patrick', dizendo: 'Não estamos aqui, Denise, para nos divertir. '”

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“Em retrospecto”, continua Stewart, “todos, inclusive eu, acham essa história hilária. Mas no momento em que o elenco explodiu em histeria com a minha declaração pomposa, não lidei bem com a situação. Eu não gostei de ser ridicularizado. Saí do set e entrei no meu trailer, batendo a porta.”

O ator conta, então, que os ânimos se acalmaram quando Frakes e Spiner foram ao trailer para conversar sobre o ocorrido. “As pessoas respeitam você”, Spiner disse a ele. “Mas acho que você julgou mal a situação aqui.” Stewart recorda: “Ele e Jonathan reconheceram que sim, havia muita brincadeira e que precisava ser controlado. Mas eles também deixaram claro o quão desanimador era – e não um estudo de caso de boa liderança – tentar resolver o assunto dando sermões e repreendendo o elenco. Eu não consegui ler a sala, impondo o comportamento RSC a pessoas acostumadas com os modos de televisão episódica – que era, afinal, o que estávamos filmando.”

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