O astro tocou pela primeira vez músicas de seu novo disco, New, cantou clássicos dos Beatles e respondeu perguntas dos estudantes
SIMON VOZICK-LEVINSON
Publicado em 12/10/2013, às 12h00 - Atualizado às 12h04“É melhor do que ir pra aula”, disse Paul McCartney sorrindo após subir ao palco para uma apresentação-surpresa em uma escola de artes performáticas em Astoria, no Queens, na última quarta-feira, 9. Os 400 alunos amontoados no auditório da Frank Sinatra School for the Arts pareceram concordar bastante.
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McCartney e sua banda tocaram 13 músicas, incluindo três faixas do novo disco, dele, New, e vários clássicos dos Beatles e do Wings – sempre mostrando cada uma com o mesmo inesgotável entusiasmo levado às arenas e estádios na turnê Out There neste ano. Tony Bennett, que nasceu em Astoria e fundou a escola em 2001, compareceu ao evento, assim como a esposa de McCartney, Nancy Shevell, comemorando o segundo aniversário de casamento com Macca (um dia de muitas lembranças marcantes: também seria o aniversário de 73 anos de John Lennon). O show foi filmado pelo iHeartRadio e será postado online no Yahoo! na segunda-feira, 14.
McCartney subiu ao palco pouco depois das 14h, começando com “Eight Days a Week” – e pouco importou o fato de a maioria do público ter nascido 30 anos ou mais depois do lançamento da música. Ele continuou por mais 90 minutos, com pausas curtas para responder a perguntas da sua plateia estudantil e de Jim Kerr, antigo DJ de rádio de Nova York. Como sempre, McCartney parecia genuinamente feliz por estar no palco, ovacionado pela multidão. “Eu poderia estar em casa vendo televisão agora”, afirmou em um momento. “Mas prefiro estar aqui.”
Ele estava visivelmente se divertindo enquanto batia papo com os estudantes. “Como você está?”, perguntou um aluno do último ano. “Groovy!”, respondeu McCartney. Os jovens aspirantes a artistas estavam mais interessados em ouvir sobre a juventude de McCartney como músico. “Quando eu comecei, tinha muito medo de fazer algo errado no palco”, ele contou depois de uma menina perguntar qual a maior lição que ele aprendeu logo no início. “Mas então percebi que as pessoas não ligam. Eles até gostam!”
“Como uma única mente consegue criar tantas melodias memoráveis?”, perguntou Kerr posteriormente. McCartney fez uma pausa. “Hum...”, ele começou. “Eu não sei. Obrigado pelo elogio, mas eu realmente não penso no que eu faço. Eu simplesmente amo o que eu faço.”
Isso ficou óbvio assistindo a ele no palco. McCartney passou do baixo Hofner para dois violões acústicos, e ainda para o piano, cantando com alma o tempo todo. Depois de fechar com a emocionante “Hey Jude” e fazer uma reverência junto a sua banda, ele parecia quase relutante na hora de sair do palco. McCartney fez um rápido sinal de “paz e amor” para a multidão, e os estudantes, ao deixarem o auditório, iniciaram um coro infinito de "na-na-na-na", que ecoou pelos corredores da escola.