The Master, sobre a relação entre o líder de uma seita e um jovem que começa a questionar seu mentor, não é crítica à cientologia, diz cineasta
Da redação
Publicado em 03/12/2009, às 12h44O cineasta Paul Thomas Anderson prepara novo projeto, com Philip Seymour Hoffman (Dúvida, Sinédoque, Nova York) garantido no papel principal.
O filme, chamado The Master, trará Hoffman como um carismático homem que monta uma organização baseada na fé e próspera a partir de 1952, com adesão maciça nos Estados Unidos. No foco, a relação entre "o mestre" e Freddie, um jovem na casa dos 20 anos que se transforma no braço direito do líder, até começar a questionar o sistema à sua volta e o poder excessivo do mentor.
O ator é colaborador de praxe do cineasta - exerceu papéis coadjuvantes em Sydney, Embriagado de Amor, Magnolia e Boogie Nights. Ambos têm reconhecimento no Oscar: Hoffman, em 2006, pela interpretação em Capote; Anderson viu Daniel Day-Lewis, sob sua direção em Sangue Negro, ganhar a estatueta de melhor ator no ano passado.
De acordo com a Variety, Anderson afirmou não pretender, com o filme, atiçar a ira de cientologistas ou mórmons, dois grupos que, a princípio, poderiam entender o filme como crítica subliminar. A intenção é explorar a necessidade humana em ter fé num poder superior, e os nós entre sistemas de crença e religiosos.
O orçamento estipulado é modesto para Hollywood: US$ 35 milhões, segundo o site da revista Variety. Mas o sinal verde só virá quando a Universal receber o roteiro, que está sendo escrito neste momento pelo cineasta.