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Paulinha Abelha: laudo revela causa definitiva de morte de cantora

Documento divulgado nesta quinta (31) pela família de Paulinha Abelha apontou "processo infeccioso no Sistema Nervoso Central" como motivo do óbito

Redação Publicado em 31/03/2022, às 18h45

Clevinho Santos, viúvo de Paulinha Abelha, vocalista do Calcinha Preta, divulgou nesta quinta-feira (31) o laudo definitivo com a causa da morte da cantora. Segundo o documento, enviado à revista Quem através de Wanderson dos Santos Nascimento, advogado de Clevinho, a artista teria morrido em consequência de um "processo infeccioso no Sistema Nervoso Central".

O laudo foi obtido através de uma assessoria médica contratada pela família de Paulinha, que analisou os prontuários dos períodos em que ela esteve internada nos hospitais Unimed Sergipe e Primavera.

Segundo exames toxicológicos, 16 substâncias teriam sido encontradas no corpo de Paulinha por conta de medicamentos diuréticos. No entanto, o uso dos compostos não teriam sido decisivos para a morte da artista, que ainda teve suas funções hepáticas, renais e neurológicas afetadas durante a internação. A certidão de óbito da cantora apontou quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.

Confira o laudo na íntegra:

“O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana. De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos. Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera). Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.

Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera) não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.

Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico. Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença.

Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito. O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa.

São Paulo/SP, 31 de março de 2022. Dr. Nelson Bruni C. F”.

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