Pedro Luis e Zélia Duncan na gravação do DVD <i>Aposto</i>. - Ricardo Gomes

Pedro Luís desafia o conhecimento dos fãs em Aposto

Músico se apresenta ao lado de percussionista em registro autoral

Thiago Neves Publicado em 09/05/2015, às 13h09

Pedro Luís já fez de tudo na música. O compositor tocou rock com a banda Urge, funk com o grupo Boato e misturou um pouco de tudo com A Parede. O artista também costuma agitar multidões com ao lado do Monobloco. Sempre acompanhado de coletivos competentes e acostumado com palcos cheios de gente, Pedro Luís apresenta uma nova faceta no show Aposto, produzido e exibido pelo Canal Brasil. Em um cenário montado em um atelier, o artista se apresenta ao lado do percussionista Paulinho Dias. “Era uma vontade antiga, queríamos criar um ambiente no qual a simplicidade evidenciasse o poder das composições”, explica.

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Apesar do merecido reconhecimento, Pedro Luís pode ser classificado como uma “prestador de serviços” da MBP. O compositor assina músicas de muito sucesso, no entanto, para o grande público, a relação entre Luís e a canção é desconhecida. “O nome Aposto veio dessa brincadeira, quis desafiar os fãs. Isso não me incomoda, mas há muitas músicas minhas que as pessoas não sabem que fui eu que compus”.

Distanciando-se – um pouco – dos projetos coletivos do qual faz parte, Pedro Luis lançou em 2011 o álbum Tempo de Menino. “Eu nasci solo pra música. A Parede e Monobloco são parte fundamental da minha carreira, mas vejo com muito bons olhos eu me apresentar como artista solo, é uma maneira de arejar a cabeça, explorar novas possibilidades”, reflete.

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Inquieto, o compositor destaca a importância de todos os trabalhos na formação musical dele. “Não consigo parar, todos os dias me pedem músicas para interpretes incríveis e, quando não me oferecem, eu corro atrás. Não deixo nenhuma oportunidade passar”. Planejando um registro em comemoração aos 20 anos de A Parede, o músico enaltece o papel transformador da música. “Todos os dias surgem artistas muito talentosos, nossa herança musical é muito rica. O funk, por exemplo, passa por um processo muito semelhante ao que aconteceu com o samba, expandindo das periferias para o restante das cidades, e isso é muito precioso. Claro que é preciso quebrar preconceitos, mas demonstra que a música é uma saída possível para jovens artistas”, finaliza.

O DVD, que conta com participações de Zélia Duncan e Bruna Caram, foi dirigido por Bianca Ramoneda e Jorge Bispo. O registro é uma coprodução do Canal Brasil.

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