Em Crashing, comediante Pete Holmes exorciza a própria história em uma versão exagerada de sua biografia
Stella Rodrigues Publicado em 18/02/2017, às 11h00
Crashing, série da HBO que estreia em 19 de fevereiro, nasceu de uma galinha de ovos de ouro: Judd Apatow (de Girls e Love), que deixa uma digital muito própria toda vez que põe as mãos em algo. Mas a história é assustadoramente parecida com a biografia de seu protagonista, o comediante Pete Holmes.
“O tom é verdadeiro, mas os fatos foram mudados”, define Holmes. Na trama, Pete é um comediante inocente e religioso tentando causar uma impressão na competitiva cena de stand-up da penosa Nova York. Quando ele toma um fora da esposa, com a qual se casou cedo e que funciona como uma espécie de nova mãe para ele, precisa deixar de lado um pouco da inocência, mas tentando não perder a sua criação religiosa. “É uma questão com a qual vamos ter que lidar”, diz Holmes sobre o quão rápido NYC vai forçar a delicadeza para fora do personagem. “Arrastamos esse processo [em relação à vida real]. Temos um sujeito tentando preservar as partes boas da alma.”
Foram essas características que atraíram Apatow para o projeto. “Nunca tinha visto algo com esse ângulo, da pessoa tentando manter a fé intacta, manter a alma pura”, diz. “O personagem é tão doce que dá para bater um pouco nele.”
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