Com destaque para a baixista Kim Deal, grupo norte-americano executou hits em apresentação no festival
Por Patrícia Colombo Publicado em 12/10/2010, às 13h54
O relógio marca 23h quando entra no palco Água o Pixies. Carrancudo, trajando moletom preto e óculos escuros, Frank Black só abre a boca para cantar... É o suficiente para empolgar o público presente no último dia do SWU, nesta segunda, 11. Em uma vibe água e óleo, se contrapondo ao frontman, a baixista Kim Deal assume, ao longo da noite, a figura de porta-voz do grupo com doçura, arriscando no português inúmeras vezes. Na noite de hits, o Pixies arrancou coro da plateia, que se transportou para a virada dos anos 80 para os 90 com as faixas da banda.
A abertura ficou a cargo de "Bone Machine", do álbum Surfer Rosa, seguido por "Isla de Encanta", "Tame", "Broken Face", "Vamos", "Debaser", "Wave of Mutilation" e "Here Comes Your Man". Sim, a apresentação foi baseada, na maior parte do tempo, nos dois primeiros trabalhos do grupo, o já citado disco de 1988 e Doolittle, de 1989. Apesar das faixas mais aceleradas no início do show, a banda foi prejudicada pelo baixo som, que, ao poucos, foi sendo corrigido. O grupo nunca foi muito conhecido pela interação com o público, e sequer um "boa noite" Frank Black deu ao iniciar a apresentação. Enquanto isso, Kim agradecia e tentava desenvolver o português. "Essa é a primeira vez em São Paulo", disse ela, com carregado sotaque.
No show do Pixies tudo é muito direto, sem enrolação. A música basta. Tanto é que em um setlist composto por diversos sucessos do grupo, não interessou à plateia se havia muito papo ao não - ela estava ali para ouvir ao vivo aquilo que, em formato vinil ou CD, há anos roda em seus aparelhos de som (e nos MP3 da nova geração de fãs). Alguns dos pontos altos da noite ficaram a cargo de faixas como "Monkey Gone to Heaven", "Hey" (que antes já vinha sido requisitada por gritos aqui e ali na pista), "La La Love You" e "No. 13 Baby". Vale dizer que o vocalista podia não trocar ideia, mas também não segurava seus característicos gritos esganiçados ao longo das músicas.
Ao final de "Vamos", a banda se despediu. Fizeram um "doce" e o público pediu mais. O grupo (que além de Black e Deal, ainda conta com o guitarrista Joey Santiago e o baterista David Lovering) retornou, então, aos instrumentos para um bis matador: "Planet of Sound" (do disco Trompe Le Monde, de 1991), "Where Is My Mind" e "Gigantic". Pronto, 00h10 e se o começo havia sido um pouco morno por conta dos problemas com o som, o final não poderia ter sido mais no auge. E teve até "boa noite" de Frank Black.
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