A indústria cinematográfica gosta de filmes históricos, mas, muitas vezes, não estuda o suficiente
Camilla Millan Publicado em 15/02/2020, às 17h00
Hollywood gosta de filmes históricos. 1917, por exemplo, foi dirigido por Sam Mendes e retrata a Primeira Guerra Mundial. Ganhou muitos prêmios, desde Globo de Ouro de Melhor Diretor e Melhor Filme de Drama até o Oscar de Melhor Fotografia. No entanto, nem sempre a indústria cinematográfica se esforça nos estudos de história.
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Diversos blockbusters erraram feio em assuntos históricos. Mesmo querendo retratar determinado período ou personagem, alguns longas se perderam na ficção. Um exemplo marcante é Pocahontas, que a Disney desenhou como uma grande história de amor, mas, na verdade, passa longe disso.
Outras personalidades, como Cleópatra e William Shakespeare também foram retratadas muito diferentes da realidade, como listou o site Ranker. Confira as 10 personalidades histórias que Hollywood errou ao retratar nos cinemas:
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O filme, lançado pela Disney em 1995 retratou Pocahontas como uma mulher adulta apaixonada por John Smith. No entanto, a verdadeira Pocahontas não viveu uma história de amor.
Pohacontas verdadeira tinha 10 anos quando encontrou John Smith, de quase 30 anos. A criança foi raptada pelo inglês e forçada a casar com John Rolfe, que a manteve em casa como um artefato de curiosidade até ela morrer de tuberculose aos 22 anos.
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Shakespeare Apaixonado, lançado em 1998, alega que a obra Romeu e Julieta é uma inspiração de um romance vivido pelo dramaturgo com uma atriz. No entanto, o enredo, premiado sete vezes no Oscar, está errado.
A atriz retratada no longa nunca existiu, e a obra Romeu e Julieta foi criada por Shakespeare a partir de adaptações de outras fontes, como a maioria dos trabalhos do escritor e dramaturgo.
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Cleópatra, de 1963, representou a governante egípcia com beleza extraordinária, interpretada por Elizabeth Taylor. No entanto, os registos sobre a aparência de Cleópatra não são iguais, principalmente porque a maioria foi feito após a morte dela.
Alguns dizem que a governante tinha uma beleza comum, e outros que as joias e charme a faziam muito bela. No entanto, as incertezas a respeito da aparência de Cleópatra não excluem o fato que as raízes do Norte da África certamente não fariam a governante parecer com Taylor.
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O filme Pearl Harbor, lançado em 2001, mostrou Roosevelt, interpretado por Jon Voight, com forças para levantar sozinho, mesmo desabilitado pela poliomilite. Na realidade, após contrair a doença aos 39 anos, o ex-presidente dos Estados Unidos passou a maior parte dos anos em uma cadeira de rodas.
Roosevelt conseguia caminhar apenas distâncias curtas, com a ajuda de outras pessoas e de uma bengala, muito diferente do que foi retratado no longa.
Apesar de acertar diversos pontos históricos, o filme Maria Antonieta, de 2006, retrata a rainha francesa como uma criança mimada, deturpando a imagem verdadeira dela.
Símbolo da decadente aristocracia francesa, Maria Antonieta tinha consciência da política em volta dela. Ao contrário do que o longa retrata, a rainha possuía interesses políticos próprios, e não era apenas uma viciada em compras.
O filme Alexandre, de 2004, não conseguiu acertar historicamente em praticamente nada. O longa de Oliver Stone gastou US$ 150 milhões e retratou gregos, persas e outros grupos de maneira incorreta. Além disso, o filme não definiu abertamente a sexualidade do Rei da Macedônia, que, segundo registros históricos, não era heterossexual.
Filme 300, de 2007, retratou o Rei Leonidas (Gerard Butler), assim como os espartanos, como do bem. No entanto, há vários fatos históricos errados no longa. Primeiramente, a batalha apresentada na produção como espartanos contra persas não foi assim, já que os espartanos se uniram também às tropas de Atenas.
Além disso, retratar espartanos como bons e persas como bárbaros é, além de racista, um erro histórico. Os guerreiros de Esparta podiam legalmente matar escravos por qualquer motivo. O rito de passagem espartano - retratado no filme quando Leonidas mata um lobo sozinho na floresta - na realidade envolvia meninos saindo de casa e assassinando escravos sem serem pegos.
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