Marilyn Manson estava com mandado de prisão ativo, e resolveu se entregar para polícia em troca de liberdade condicional até julgamento - entenda casos de abuso e violência
Yolanda Reis Publicado em 09/07/2021, às 16h00 - Atualizado em 05/10/2021, às 16h22
Marilyn Manson foi preso em Los Angeles na quinta, 8 - mas solto algumas horas depois sob fiança e condicional. O músico era procurado há duas semanas, e se entregou voluntariamente à polícia - isso ajudou a conseguir a liberdade condicional. Manson tinha mandado de prisão ativo sob acusações de ataques violentos a um fotógrafo em 2019.
Como explicou o NBC Boston, Manson entrou em acordo com a polícia de New Hampshire: se entregar em troca de aguardar o julgamento em liberdade. De acordo com USA Today, as condições são que não cometa nenhum crime, atenda os deveres da corte e não contate a suposta vítima. Manson - cujo nome real é Brian Warner - deve ir ao tribunal na metade de agosto, espera a polícia. Os advogados do músico não retornaram contato da Rolling Stone EUA.
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Manson estava com o mandado de prisão por um incidente que aconteceu em New Hampshire em 2019; supostamente, de acordo com a polícia de Gilford, atacou um cinegrafista. Em maio de 2021, começou a ser procurado por "duas acusações de delitos de classe A - agressão simples," como explicou a polícia de Gilford. No Facebook, escreveram: "O Sr. Warner, os empresários e advogados dele sabem do mandado há um tempo, mas não houve esforço de retornar [ao local] para responder às acusações pendentes."
Também falaram sobre o incidente, que teria acontecido em 18 de agosto de 2018 durante um show de Manson. O cineasta estava no pit (espaço para fotógrafos na frente do palco) quando foi agredido. "Não existe natureza sexual", reafirmou a polícia de Gilford.
Se considerado culpado, Manson pode pagar US$ 2 mil em multas, e ser preso durante até um ano. "Não é segredo para ninguém que já foi num show de Marilyn Manson que ele gosta de provocar no palco, especialmente na frente das câmeras," argumentou Howard King, advogado do músico, em declaração.
"A acusação em questão só aconteceu após recebermos uma exigência do fotografado de mais de US$ 35 mil depois de um pouco de cuspe cair no braço dele. Quando pedimos por provas de danos, não recebemos respostas. Esse caso todo é ridículo, mas continuaremos a cooperar com a autoridade, como fizemos até agora."
Ashley Walter, ex-assistente de Warner, apresentou em junho um processo contra ele, alegando vários crimes - incluindo agressão sexual, importunação sexual, assédio sexual e estresse emocional aplicado intencionalmente, além de outras acusações.
Além dela, mais de uma dúzia de mulheres acusaram Marilyn Manson de abuso sexual; ela foi a segunda a entrar com processo - Esmé Bianco, de Game of Thrones, abriu a papelada em maio.
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Rachel Wood, cantora e ex-noiva de Marilyn, também acusou o músico de abuso durante o relacionamento deles, em vigor entre 2007 e 2010. Depois dela se posicionar, outras mulheres vieram à frente com acusações similares.
Pelo Instagram, Manson negou tudo. Em declaração, chamou as acusações de "distorções horríveis da realidade [...] Minhas relações íntimas sempre foram completamente consensuais com parceiras de cabeça parecida. Apesar de como - e por que - outros escolhem representar erroneamente o passado, a verdade é essa."
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