Polícia reexamina morte de Brian Jones

Novas pistas podem derrubar versão oficial sobre "afogamento acidental" do fundador dos Rolling Stones, em 1969

Da redação Publicado em 31/08/2009, às 11h29

Passados 40 anos, a morte de Brian Jones, membro fundador do Rolling Stones, volta à pauta da polícia de Sussex, Inglaterra. Novas evidências poderão levar à reabertura do caso, de acordo com a rede britânica BBC.

Em 2 de julho de 1969, o corpo do guitarrista foi encontrado na piscina de sua casa, em Cotchford Farm, região leste do condado inglês. O episódio, na época, foi tratado como acidental. Mas informações recentes, levantadas pelo jornal britânico The Mail on Sunday, sugerem que o roqueiro pode ter sido assassinado - especulação alimentada desde a data, mas legalmente rejeitada.

A versão oficial dá conta que Jones morreu, aos 27 anos, sob influência de drogas (barbitúricos e anfetaminas) e bebida alcoólica. A autópsia, contudo, revelou que o guitarrista não tinha narcóticos em seu corpo na hora da morte - apenas cerca de 1,5 litro de cerveja.

Após quatro anos dedicados ao episódio, o jornalista investigativo Scott Jones - o sobrenome em comum com o músico é só coincidência - entregou documento com 600 páginas ao departamento policial do condado. As novas pistas foram publicadas pelo jornal em novembro, mas só recentemente parecem ter despertado o interesse das autoridades.

No mês passado, o jornalista se encontrou com oficiais veteranos da polícia para discutir depoimentos de testemunhas presentes na casa do músico, no dia em que ele morreu.

Em novembro, Janet Lawson, enfermeira que encontrou o corpo de Jones, acusou Frank Thorogood - chefe de obras da casa do artista - de ter pulado na piscina e "feito algo com Brian". A mulher se disse convencida de que ele havia sido algoz do artista. Albert Evans, primeiro policial a chegar na Cotchford Farm, corrobora a versão de Lawson. Após ouvir várias testemunhas, ele também teria chegado à conclusão que Jones morreu depois de brigar com Thorogood.

Outra ocorrência suspeita: Joan Fitzsimons, taxista e ex-namorada do mestre de obras, foi atacada três semanas depois daquele 2 de julho. Documentos policiais alegam que ela pretendia falar à mídia sobre o caso. Ambos já faleceram: ela, em 2002; ele, oito anos antes.

Foi Jones quem capitaneou a formação do Rolling Stones, em 1962. Em junho de 1969, Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts comunicaram ao guitarrista que a banda continuaria sem ele a partir dali.

A polícia de Sussex rejeitou por décadas pedidos para reabrir o caso. As circunstâncias que levaram à morte do roqueiro, agora, estão sendo analisadas pelo órgão. "Não há prazo final para se revisar o caso. Mas, após 40 anos de mistério, qualquer um que dê valor à reputação de Brian vai ficar contente em esperar o resultado", disse Jones, o jornalista.

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